As autoridades da Colômbia apreenderam o equivalente em espécie a US$ 2,3 milhões pertencentes a narcotraficantes vinculados aos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que se afastaram do processo de paz, informou a Promotoria no dia 12 de novembro de 2020.
O dinheiro foi encontrado em caixas e em “dois imóveis” localizados ao norte da cidade de Cáli (sudoeste), onde residia o “suposto líder Lucio Burbano Portilla”, acusado de enviar cocaína a Estados Unidos, Guatemala, Honduras e México, informou o órgão investigativo em um comunicado.
Dez pessoas foram capturadas na operação e serão investigadas por supostos vínculos com uma dissidência da ex-guerrilha das FARC conhecida como Óliver Sinisterra, acusada, entre outros, do assassinato de três membros de uma equipe de jornalistas equatorianos. em 2018.
A frente também é responsável pelo assassinato de seis jovens no dia 22 de agosto, em uma zona rural do município de Tumaco, na fronteira com o Equador, segundo as autoridades.
“Foram confiscados pouco mais de 8,5 bilhões de pesos em espécie (US$ 2,3 milhões), US$ 3.700, 11 relógios de luxo, armas de fogo, documentação com informações privilegiadas sobre atividades judiciais e da força pública”, explicou a Promotoria em um boletim.
Os detidos deverão responder pelos delitos de “formação de quadrilha, tráfico, fabricação ou posse de entorpecentes e lavagem de dinheiro”.
Cerca de 2.300 combatentes distribuídos em diversos grupos formam as denominadas dissidências das FARC, que se afastaram do histórico acordo de paz de 2016 e se dedicam majoritariamente ao narcotráfico e à mineração ilegal, segundo inteligência militar.