O Comando Geral das Forças Militares da Colômbia (CGFM) informou, no dia 17 de novembro de 2021, a destruição de um megalaboratório composto por nove estruturas, em Francisco Pizarro, estado de Nariño.
Os militares destruíram também 1.555 quilos de cloridrato de cocaína, 1.375 kg de insumos sólidos, 12.500 litros de insumos líquidos, 4.500 litros de hidrocarbonetos, 600 kg de suprimentos secos, uma lancha e equipamentos de comunicação.
O Coronel Henry Velásquez Blanquicett, comandante da 4ª Brigada de Fuzileiros Navais, afirmou que o laboratório pertencia a dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Recrutamento forçado
Durante a operação, duas pessoas foram detidas e dois menores de idade recuperados. A agência equatoriana de jornalismo Análisis Urbano informou em seu portal que o narcotráfico utiliza nos laboratórios meninos, meninas e adolescentes durante três ou quatro meses, os obriga a processar pasta base de coca, cristalizar cloridrato de cocaína e prensar e empacotar a droga. Quando já não são mais úteis, são substituídos por outros menores.
O grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN) é o responsável pela maioria dos casos de recrutamento forçado de menores de idade, seguido pelas FARC e pelo Clã do Golfo, segundo o jornal colombiano El Tiempo.
Megalaboratórios
O relatório Monitoramento de territórios afetados por cultivos ilícitos 2020, do Gabinete das Nações Unidas para Drogas e Crimes, de julho de 2021, mostra que os laboratórios de produção de cloridrato de cocaína agora são maiores.
Desde 2019, a Colômbia já desmantelou megalaboratórios capazes de produzir até 5 toneladas de cocaína mensais, escondidas em construções rudimentares, declarou o portal InSight Crime, uma organização internacional que investiga o crime organizado na América Latina.
“É importante ressaltar que os resíduos de substâncias químicas [utilizadas na fabricação de cocaína] são descartados indiscriminadamente nos solos e fontes hídricas longe do complexo, contaminando consideravelmente o meio-ambiente”, disse o CGFM.
As autoridades colombianas destruíram mais de 331 laboratórios para o processamento de cloridrato de cocaína desde 2019, informou o site estatal do Observatório de Drogas da Colômbia. Esses laboratórios enormes foram encontrados na fronteira sul com o Equador e na fronteira leste com a Venezuela, acrescentou o InSight Crime.