Desde que assumiu o governo, o presidente Iván Duque estabeleceu como uma de suas prioridades o combate frontal ao narcotráfico, a todos os escalões da cadeia criminosa, que são fontes de financiamento das organizações ilegais que espalham violência e destruição nos territórios.
Como o presidente explicou, trata-se de uma obrigação constitucional e moral, pois exterminar a coca significa reduzir os índices de violência nas comunidades e atrair o investimento social e econômico que permita a transformação dos territórios.
O desafio é grande, mas a Colômbia conta com Forças Militares e Polícia com capacidades suficientes para assumi-lo. O governo do presidente Iván Duque encontrou um país com 171.000 hectares de plantio de coca, uma cifra recorde em cultivos ilícitos, os quais se tornam um dos principais motores da violência. Os dados confirmam o fato: nos municípios que, de acordo com as Nações Unidas, são enclaves de produção devido à sua alta concentração de cultivos de coca, a taxa de homicídios é, em média, quase o dobro da nacional.
Considerando todas essas complexidades, o governo nacional lançou, em 2019, a Política de Defesa e Segurança para a Legalidade, o Empreendimento e a Equidade, um documento que constitui o código de rota da Força Pública para enfrentar as ameaças, tanto as internas quanto aquelas que ultrapassam as fronteiras e se transformam em crimes transnacionais, como o problema mundial das drogas ilícitas.
Vem daí a importância da linha de diplomacia para a defesa e a segurança que, através do fortalecimento da cooperação com as nações parceiras e o aprofundamento das alianças regionais, já permitiu que fossem desferidos golpes contundentes contra as organizações narcotraficantes que financiam o crime em nosso continente.
Um claro exemplo dessa cooperação é o trabalho que vem sendo realizado com o governo dos Estados Unidos através do Plano de Ação Conjunta de Segurança Regional (USCAP, em inglês), principalmente com o Comando Sul dos EUA e o Departamento de Assuntos Internacionais Antinarcóticos e de Aplicação da Lei (INL, em inglês), com foco especial na capacitação e no treinamento de militares e policiais da América Central e da região por parte de especialistas militares e policiais colombianos.
A cooperação é efetiva e produz resultados. Um exemplo disso é a Campanha Naval Orión, onde 26 países compartilham informação de inteligência para ter maior efetividade nas operações de interdição, permitindo em sua quinta fase, realizada entre abril e maio deste ano, que fossem apreendidas 50,3 toneladas de cloridrato de cocaína, ou seja, cerca de 126 milhões de doses que deixaram de ser consumidas.
Esse é um bom momento para ressaltar e agradecer de maneira especial ao governo norte-americano o envio de membros da Brigada de Assistência da Força de Segurança (SFAB, em inglês) para assessorar, capacitar e treinar os Estados-Maiores de quatro unidades militares colombianas, estratégicas na luta contra o narcotráfico. O intercâmbio de experiências, conhecimentos e capacidades que as duas nações realizam há décadas nos permite ser mais efetivos para combater esse flagelo e, assim, proteger a população civil que deseja viver na legalidade, que é o nosso principal objetivo, em prol do qual continuamos avançando.
Como falei anteriormente, o narcotráfico é a principal ameaça da Colômbia, e combatê-lo não é um desafio fácil. Entretanto, o trabalho abnegado da Força Pública, de acordo com as políticas do presidente Duque, nos mostra que estamos seguindo o caminho certo. Em apenas dois anos, graças a um esforço monumental de soldados, policiais e fuzileiros navais, esse governo conseguiu deter e reverter a tendência crescente dos cultivos ilícitos no país.
O relatório do SIMCI, Sistema Integrado de Monitoramento de Cultivos Ilícitos do Gabinete das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC, em inglês), confirmou que em 2019 houve uma diminuição de 9 por cento nos hectares cultivados com coca na Colômbia, ou seja, uma redução de 15.000 hectares, o que foi possível graças à erradicação manual realizada pela Força Pública e ao compromisso do governo nacional que, desde o primeiro momento, incrementou os recursos para a operação de erradicação, o que permitiu o aumento do número de Grupos Móveis de Erradicação, de 23 de agosto de 2018, para 196 em março deste ano. Isso fez com que em 2019 fossem erradicados 101.273 hectares de cultivos ilícitos, dos quais mais de 94.000 foram efetuados durante a operação de erradicação liderada pelas Forças Militares e pela Polícia Nacional.
A meta para este ano, que é a erradicação de 130.000 hectares, é um desafio importante no qual estamos avançando, com a convicção de que a diminuição das áreas plantadas com coca se traduzirá em maior segurança para a população.
No entanto, essa não é a única frente de combate de nossos militares, que diariamente apresentam resultados positivos quanto a apreensões de drogas, de precursores químicos, bem como capturas ou neutralizações de integrantes das organizações criminosas financiadas pelo narcotráfico. Para citar apenas um exemplo, durante os dois anos de governo já foram capturados ou neutralizados 117 líderes dos grupos armados organizados e do crime organizado. E mais de 851 toneladas de cocaína foram apreendidas, graças às capacidades de inteligência e operacionais que permitem a interdição de drogas em estradas, portos, rios e costas de nosso país.
Este ano, os resultados das interdições nos apresentam um panorama favorável, com um aumento de 5 por cento de drogas confiscadas. Trezentas toneladas de cocaína foram apreendidas pela Força Pública entre 1º de janeiro e 27 de agosto de 2020, pelo qual esperamos que até o final do ano o volume confiscado seja maior do que em 2019.
Atacar a ameaça do narcotráfico, além de implementar as Políticas de Defesa e Segurança e de Convivência e Segurança Cidadã, que abordam a segurança e a defesa a partir de um enfoque integral que requer a ação unificada do Estado, resultou em uma redução importante nos índices de criminalidade. Entre 1º de janeiro e 3 de setembro de 2020, destaca-se a queda de 11 por cento dos índices de homicídio, passando de 8.645 casos em 2019 para 7.724 casos em 2020, ou seja, 921 casos a menos entre um ano e o outro. Da mesma forma, as estatísticas de sequestros, extorsões e furtos em todas as suas modalidades mostraram reduções significativas em nível nacional, em benefício dos cidadãos.
Todo esse trabalho é feito por nossos militares e policiais que atendem, ainda, uma conjuntura especial que nos levou a redobrar esforços: a crise da COVID-19. O trabalho desses agentes permitiu garantir o cumprimento das medidas para evitar a propagação da pandemia e, ao mesmo tempo, ajudou milhares de colombianos vulneráveis. Por esse motivo, daqui agradeço e manifesto meu orgulho por esse trabalho que a história saberá reconhecer.