Em apenas três dias, a Polícia Federal (PF) do Brasil apreendeu 2.510 quilos de cocaína no Porto de Santos, no litoral de São Paulo.
Em 29 de dezembro, com o apoio da Receita Federal do Brasil (RFB), os agentes da PF confiscaram 715 kg de cocaína em um dos terminais portuários. “A droga foi ocultada em meio a uma carga de açúcar em um navio com destino ao porto Durban, na África do Sul”, informou a PF em comunicado. “Foi uma operação trabalhosa, que começou pela manhã e terminou à noite”, completou a RFB.
Em 28 de dezembro, os policiais federais apreenderam mais de 1 tonelada de cocaína em duas operações no mesmo porto. Numa delas, a droga havia sido oculta em meio a uma carga de açúcar em um navio com destino ao porto de Gana, na África. “Neste navio, foram apreendidos 504 kg do entorpecente”, disse a PF.
Na outra ocorrência, os criminosos haviam ocultado a droga dentro de uma carga de suco de laranja concentrado. Os policiais retiraram 730 kg de cocaína do navio, que tinha como destino o porto de Valência, na Espanha.
“A PF não divulgou a origem do entorpecente. Nos últimos quatro anos, porém, o Mato Grosso do Sul se consolidou como rota da cocaína que entra no Brasil pelo Paraguai e tem o mercado europeu como destino”, informou o jornal brasileiro Correio do Estado.
Em 27 de dezembro, os agentes da PF e da RFB apreenderam outros 561 kg de cocaína no Porto de Santos. A droga estava escondida em um navio que levaria carga de café em grãos até o porto de Le Havre, na França, informou a PF.
O Porto de Santos é o principal porto brasileiro e o maior da América Latina, segundo seu site oficial. A RFB informou que interceptou cerca de 17 toneladas de cocaína somente nesse porto em 2021.
Organização de narcotráfico
Em 16 de dezembro, a PF deflagrou a operação Weizen-3 para desbaratar um grupo criminoso envolvido com o tráfico de drogas em Cascavel, no interior do Paraná.
Cinco suspeitos já haviam sido presos em agosto de 2020, quando os policiais apreenderam um caminhão com 3,5 toneladas de maconha ocultas entre a carga. Um sexto suspeito foi detido em outubro de 2020. Agora, com a Weizen-3, a PF pretende colocar fim à organização.
“Foram realizadas buscas e apreensões na residência de dois novos investigados para colheita de provas que permitam desmantelar o restante da quadrilha e cessar a prática criminosa”, disse a PF. As investigações indicaram que o grupo usava empresas de produtos alimentícios como centros de distribuição de drogas.
O nome da operação, Weizen (trigo, em alemão) é uma referência ao galpão onde foi apreendida a droga, já que era utilizado principalmente para armazenar trigo, informou a PF.