O Amazonia 1, primeiro satélite totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil, foi lançado com sucesso no dia 28 de fevereiro de 2021, direto do Centro de Lançamento Satish Dhawan, em Sriharikota, na Índia. O equipamento vai fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar especialmente a região amazônica, além de monitorar a agricultura no pais, a região costeira, reservatórios de água e florestas, naturais e cultivadas.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil (MCTIC), Tenente-Coronel (R) Marcos Pontes, da Força Aérea Brasileira, destacou a importância do Amazonia 1 para o país. “O satélite será fundamental para o monitoramento da Amazônia e outros biomas, além de inaugurar uma nova era para a indústria brasileira de satélites”, disse o ministro ao site do MCTIC.
Missão Amazônia
O equipamento integra a Missão Amazônia, que tem por objetivo fornecer dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar especialmente a região amazônica. A Missão Amazônia pretende lançar ainda mais dois satélites de sensoriamento remoto: o Amazonia-1B e o Amazonia-2.
O Amazonia 1 envolveu a participação de nove empresas no processo de produção do satélite; cinco delas estão ligadas ao Parque Tecnológico São José dos Campos, além de vários órgãos governamentais. De acordo com a diretora interina de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da Agência Espacial Brasileira (AEB), Michele Cristina Silva Melo, o processo de construção e operação do equipamento “auxiliou na capacitação da indústria nacional em sistemas e subsistemas, aumentando o nível de maturidade e condições de inserção da tecnologia brasileira no mercado espacial global”.
Os investimentos no setor espacial têm crescido globalmente. “Em 2008, apenas 49 países investiam no setor espacial. Em 2018, esse número aumentou para 72 países e, em 2020, são 79 países investindo no segmento”, segundo o site da AEB. “A expectativa é de que, até 2040, a economia espacial atinja o valor de US$ 1 trilhão. Só o mercado de veículos lançadores deverá alcançar algo em torno de US$ 20 bilhões até 2030.”