O Contra-Almirante Don Gabrielson, comandante das Forças Navais do Comando Sul dos EUA/4ª Frota dos EUA (USNAVSO/FOURTHFLT, em inglês), recebeu representantes da Marinha do Brasil para a 15ª edição anual dos Diálogos Marítimos de Estado-Maior (MST, em inglês), no dia 5 de maio.
Os MST anuais apoiam a estratégia marítima dos EUA “Vantagem no Mar”, através da criação e do fortalecimento das relações profissionais entre os Estados Unidos e as respectivas forças marítimas das nações parceiras, através de reuniões presenciais.
Devido à pandemia da COVID-19, os diálogos foram realizados virtualmente através da Rede de Acesso de Todos os Parceiros (APAN, em inglês) e do Sistema Combinado de Intercâmbio de Informações Regionais Empresariais (CENTRIXS, em inglês).
“Os relacionamentos entre as marinhas dos EUA e do Brasil nunca foram tão fortes ou importantes”, disse o C Alte Gabrielson. “Nossas interações regulares criam laços ainda mais próximos para o futuro. Os relacionamentos importam e somos gratos por termos amigos que compartilham nossos valores e interesses estratégicos.”
Os relacionamentos entre as marinhas dos EUA e do Brasil nunca foram tão fortes ou importantes”, Contra-Almirante Don Gabrielson, comandante das Forças Navais do Comando Sul dos EUA/4ª Frota dos EUA.
O C Alte Gabrielson, junto com o Capitão de Mar e Guerra Michael McWilliams, comandante da Força do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Sul, e o Capitão de Mar e Guerra Ben Maule, do Gabinete de Relações Internacionais da Guarda Costeira dos EUA, lideraram a delegação dos EUA. O Contra-Almirante Gustavo Calero Garriga, subdiretor de Operações da Marinha do Brasil, chefiou a delegação brasileira. Diversos representantes da Marinha do Brasil, da Marinha dos EUA, do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e da Guarda Costeira dos EUA participaram do evento.
“Nós trabalhamos juntos, lutamos juntos, e isso é importante para nós”, disse o C Alte Garriga. “[Os MST nos oferecem] a oportunidade de discutir questões e, por fim, garantir que os canais de comunicação estejam claros. É importante manter os canais abertos e fluentes.”
Os representantes discutiram sobre as próximas operações e exercícios de 2021, incluindo o PANAMAX, um exercício anual multinacional, que visa garantir a defesa do Canal do Panamá, e o UNITAS LXII (62), o exercício marítimo multinacional mais antigo do mundo. A Marinha dos EUA convidou o Brasil para sediar o UNITAS LXIII (63) em 2022, em comemoração ao bicentenário do país. Além disso, a Marinha do Brasil assumirá o comando da Força-Tarefa Combinada 151 no Oriente Médio, que começará em maio, a primeira já realizada por uma nação da América do Sul. Esses compromissos duradouros apoiam o fortalecimento da interoperabilidade, não apenas entre nossas duas marinhas, mas também entre outros parceiros regionais e globais. O objetivo de longo prazo é nossa colaboração para desenvolver a capacidade do Grupo de Ataque Expedicionário Brasileiro. Essa capacidade oferece opções significativas e flexíveis de dissuasão, seja no Atlântico Sul ou em qualquer outro lugar.
“Temos uma longa e bem-sucedida relação profissional com nossos parceiros brasileiros”, disse Lowell ‘Mac’ McClintock, diretor de Cooperação para a Segurança do Teatro de Operações das USNAVSO/FOURTHFLT. “Os MST oferecem a melhor oportunidade para sincronizarmos essas operações futuras, que melhorarão a nossa interoperabilidade.”
Os MST com o Brasil começaram no início da década de 2000 para sincronizar os diversos engajamentos que tanto a Marinha quanto o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA realizavam com seus homólogos brasileiros, uma agenda sólida que se manteve durante os últimos 20 anos.
Os MST servem como um foro de engajamento abrangente para todas as atividades bilaterais de cooperação em matéria de segurança marítima. No decorrer do ano passado, os compromissos entre os Estados Unidos e o Brasil, como a visita do USS Vermont (SSN 792) à mais nova base submarina brasileira, em dezembro de 2020, continuam demonstrando nossa forte parceria.
As USNAVSO/FOURTHFLT apoiam as operações militares conjuntas e combinadas do Comando Sul dos EUA, empregando as forças marítimas em operações cooperativas de segurança marítima, para manter o acesso, melhorar a interoperabilidade e criar parcerias duradouras, com o objetivo de aprimorar a segurança regional e promover a paz, a estabilidade e a prosperidade nas regiões do Caribe, da América Central e América do Sul.