As Forças Militares da Colômbia continuam golpeando duramente o narcotráfico. Entre as mais importantes conquistas obtidas no final de janeiro e início de fevereiro, estão a captura de quatro integrantes do Exército de Libertação Nacional (ELN) no leste da Colômbia, a apreensão de 12 toneladas de narcóticos no Pacífico colombiano e a desarticulação de um grupo criminoso vinculado ao Clã do Golfo na costa do Caribe.
No dia 5 de fevereiro, o Exército Nacional da Colômbia anunciou a captura de quatro integrantes da Frente Domingo Laín Sáenz do ELN, grupo que pratica crimes no estado de Arauca. Os capturados, conhecidos como Cenizo, Pablo ou Médico, Danilo e Diomedes ou Jairo, são vinculados aos crimes de extorsão agravada, conspiração para cometer crimes, rebelião e homicídio.
“Há um líder muito importante, que é conhecido como Cenizo”, disse em uma entrevista coletiva o General de Exército do Exército Nacional da Colômbia Mauricio José Zabala Cardona, comandante da Oitava Divisão. “Descobrimos que, por intermédio de suas redes de apoio, ele procurava pessoalmente industriais, comerciantes, empreiteiros do estado [de Arauca] para espalhar terror e medo, para que eles pagassem as cotas extorsivas.”
As autoridades realizaram cinco incursões, durante as quais apreenderam equipamentos de comunicação e óculos esportivos com câmeras ocultas de vídeo, com os quais os criminosos vigiavam os integrantes da Força Pública, informou a Procuradoria Geral da Nação.
No mesmo dia, a Marinha anunciou a apreensão de mais de 12 toneladas de entorpecentes, além de 2,5 toneladas de cocaína, que foram confiscadas no início de fevereiro, através de duas operações de interdição marítima no Pacífico colombiano.
“Como parte dessa ofensiva, a Força Naval do Pacífico apreendeu mais de 2.500 quilos de cloridrato de cocaína e duas embarcações e capturou oito narcotraficantes”, disse à imprensa o Contra-Almirante da Marinha da Colômbia José David Espitia Jiménez, comandante da 72ª Força-Tarefa Poseidón contra o Narcotráfico. A droga, declarou a Marinha, tinha como destino a costa da América Central.
A primeira apreensão ocorreu depois de uma perseguição a uma embarcação tripulada por cinco homens que ignoraram os avisos das unidades navais. O barco transportava 1.160 pacotes de drogas, informou a Marinha. As autoridades realizaram a segunda apreensão durante a inspeção de outra embarcação com três tripulantes, onde foram encontrados 1.395 pacotes com drogas, 2.498 litros de combustíveis e equipamentos de comunicações.
Quadrilha desarticulada
Outro grande resultado ocorreu no final de janeiro, com a captura de 13 integrantes de um grupo a serviço do Clã do Golfo, informou a Marinha no dia 29 de janeiro, em um comunicado. Os membros do grupo que se dedicava a enviar grandes quantidades de cocaína à Europa, escondidas em contêineres, foram capturados em três cidades da costa do Caribe – Barranquilla, Cartagena e Santa Marta.
“Essa operação, denominada Excalibur, tinha como objetivo a desarticulação de uma empresa criminosa dedicada ao transporte de cocaína com o uso de escaladores, ou seja, jovens que por sua grande habilidade conseguiam facilmente subir em embarcações de alto bordo em trânsito, depois que as mesmas zarpavam de portos como Cartagena e Santa Marta e, posteriormente, eles contaminavam alguns contêineres”, disse à imprensa o Contra-Almirante Juan Ricardo Rozo Obregón, comandante da Força Naval do Caribe.
Cerca de 200 unidades da Marinha e da Procuradoria Geral da Nação participaram da operação combinada, informou a Marinha.
“Com essa logística estatal conseguimos tirar dos criminosos mais de 10 toneladas de cloridrato de cocaína avaliadas em US$ 500 milhões; esse fato é inédito e continuamos trabalhando e produzindo resultados para o país”, concluiu Francisco Barbosa, promotor-geral da Nação.