O General de Exército Eduardo Zapateiro, comandante do Exército da Colômbia, informou pelo Twitter, no dia 22 de janeiro, que após combates no sul do estado de Bolívar, a Primeira Divisão do Exército neutralizou Bercelio Campuzano, conhecido como Ratón, principal líder de uma estrutura criminosa do Exército de Libertação Nacional (ELN)
Vulgo Ratón tinha ordem de prisão por formação de quadrilha, deslocamento forçado e extorsões em quatro municípios do país, disse o Exército em um comunicado.
“Ele era também assassino de líderes sociais, assassino de líderes comunitários, e pretendia continuar fazendo do sequestro e da extorsão sua principal fonte de recursos”, disse o presidente Iván Duque em seu perfil no Facebook, no dia 22 de janeiro.
O General de Brigada do Exército Gerardo Melo Barrera, comandante da Primeira Divisão do Exército Nacional da Colômbia, informou à imprensa que a operação foi liderada por tropas do Exército Nacional, em coordenação com a Força Aérea, a Polícia e a Procuradoria. Ele informou ainda que outro integrante dessa subestrutura criminosa, Luis José Sepúlveda, conhecido como César, o terceiro na linha de comando, também foi neutralizado, e sete membros da quadrilha foram detidos.
De acordo com Duque, esse indivíduo era um dos integrantes mais perigosos das estruturas do ELN. Ele afirmou que o criminoso intimidava os habitantes de sete municípios ao sul do estado. A Colômbia enfrenta uma dura luta em defesa dos líderes comunitários, que são alvos das organizações criminosas dedicadas ao narcotráfico e à mineração ilegal.
“As clarificações às quais chegou a Procuradoria”, disse Duque, “mostram que o maior percentual dos que se encontram por trás do assassinato de líderes sociais é [representado pelo] narcoterrorismo, à frente de grupos criminosos como o Clã do Golfo, Los Caparros, Los Pelusos, o ELN, a Naracotalia e as dissidências das FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]”.
Segundo declarações da Polícia ao jornal colombiano El Universal, “vulgo Ratón declarou guerra ao Clã do Golfo no sul de Bolívar, fazendo alianças e recebendo apoio logístico e armado por parte do ELN. Seu objetivo, de acordo com a publicação, era expulsar os integrantes dessa quadrilha [Clã do Golfo] […], sendo a maior disputa a arrecadação de dinheiro da mineração ilegal, do narcotráfico e da cobrança de extorsão a comerciantes e pecuaristas”.
O Gen Bda Melo explicou que, durante a operação, o armamento apreendido consistia em uma submetralhadora mini uzi, quatro pistolas 9 mm, duas granadas de fragmentação, um equipamento de visão noturna, seis rádios de comunicação, sete telefones celulares, munição de diversos calibres, material de intendência e três quilos de material explosivo.