As Forças Armadas da Colômbia confiscaram 8 toneladas de entorpecentes em diversas operações marítimas e terrestres, afetando as finanças dos criminosos da região.
No dia 21 de agosto, o Comando Geral das Forças Militares (CGFM) informou que as autoridades detiveram um membro do grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional que transportava 700 quilos de maconha em um caminhão, na região de Santa Rosaía, em Vichada. Nesse mesmo dia, no município de Morales, em Cauca, o Exército confiscou 982 kg de maconha que pertencia ao grupo criminoso Estrutura Sexta.
No dia 19 de agosto, as forças de manutenção da ordem informaram sobre três operações. Na primeira, a Força Aérea e o Exército da Colômbia localizaram dois laboratórios de processamento de narcóticos pertencentes ao Clã do Golfo nos municípios de Cumbitara e Leiva, no estado de Nariño. Entre os dois laboratórios, foram confiscadas 3,3 toneladas de cloridrato de cocaína, insumos líquidos e sólidos, maquinário e fornos.
Na segunda operação, os militares fizeram uma intervenção em dois depósitos subterrâneos em La Guajira, os quais armazenavam um total de 1.250 kg de maconha. O carregamento confiscado tinha como destino as ilhas do Caribe e a América Central, informou a Polícia Nacional.
Na terceira apreensão, a Marinha da Colômbia encontrou no Pacífico um semissubmersível artesanal no setor de Punta Ají, Valle del Cauca, com 843,8 kg de cocaína, informou o CGFM.
“Infelizmente, o Pacífico é uma das joias da coroa para os narcotraficantes, devido às vantagens geográficas, o que facilita a produção e a saída da droga”, afirmou o presidente Iván Duque ao jornal colombiano El País. “Eles querem controlar os territórios de cultivos e a rota do narcotráfico a partir da Venezuela.”
Em outra operação realizada em 18 de agosto no município de Tame, estado de Arauca, os militares encontraram 941 kg de maconha em um caminhão-trator. Ao que tudo indica, a droga seria enviada para a Venezuela, informou a Procuradoria. Uma pessoa foi detida na operação.
O fluxo da cocaína da Colômbia para a Venezuela acontece principalmente por via aérea e através dos rios que atravessam as fronteiras compartilhadas e alimentam o Lago Maracaibo e o Rio Orinoco, informa o relatório A substituição das redes colombianas pelas venezuelanas no narcotráfico fronteiriço internacional, do Real Instituto Elcano, da Espanha. “Estima-se que aproximadamente entre 400 e 450 toneladas de cocaína cruzem essa fronteira anualmente”, segundo o relatório.
O Ministério da Defesa da Colômbia anunciou, no dia 24 de agosto, a criação do Comando Contra o Narcotráfico e as Ameaças Transnacionais. O grupo de elite concentrará a capacidade de assalto aéreo do Exército para multiplicar as operações especiais de interdição e segurança contra o narcotráfico e os grupos armados organizados, bem como suas economias ilícitas, informou o Ministério.