A autoridade migratória da Colômbia informou, no dia 25 de novembro de 2019, sobre a expulsão de 59 venezuelanos que supostamente planejavam abalar “a segurança nacional” durante as manifestações contra o governo de Iván Duque, iniciadas no dia 21 de novembro.
Os estrangeiros, acusados de pôr “em risco a ordem pública e a segurança nacional”, serão entregues às autoridades venezuelanas em San Fernando de Atabapo (no sudoeste).
“Respeitamos sua participação nas manifestações. Estendemos as mãos àqueles que, como o povo venezuelano, estavam necessitados. Mas, o que não vamos tolerar é que um grupo de desajustados venha abalar a segurança de nossas cidades”, disse Christian Krüger, chefe da Migração Colômbia, em um comunicado.
Segundo Krüger, as ações desses estrangeiros causam “explosões de xenofobia”, que “prejudicam o nome dos venezuelanos que estão trabalhando por um país melhor”.
O diretor da polícia havia informado que 29 venezuelanos foram detidos durante os toques de recolher em Bogotá e Cáli, por não cumprimento dessa ordem.
Além disso, antes da marcha convocada para o dia 21 de novembro, o presidente Iván Duque tinha anunciado a expulsão de outros 24 estrangeiros da mesma nacionalidade, acusados de quererem se infiltrar na manifestação.
Sindicatos, estudantes, indígenas e artistas, apoiados pelas forças da oposição, exerceram pressão nas ruas contra o governo conservador de Duque, que está enfraquecido um ano e meio depois da sua posse.
Face ao mal-estar nas ruas, o governante liderou um primeiro “diálogo social” no dia 24 de novembro, embora os manifestantes não tenham participado e tenham convocado uma nova marcha.
O governo de Duque está posicionado logo após os Estados Unidos no cerco diplomático que pretende forçar a saída de Nicolás Maduro do poder.