A Igreja Católica venezuelana exigiu, no dia 11 de julho de 2019, a saída de Nicolás Maduro do poder e a convocação de novas eleições como solução para a grave crise política e econômica.
“A Venezuela clama, com gritos, por uma mudança de rumo (…). Essa mudança exige a saída daquele que exerce o poder de forma ilegítima e a eleição, o mais cedo possível, de um novo presidente”, disse a Conferência Episcopal em uma declaração lida no início de uma assembleia ordinária.
Maduro “deve se afastar” da presidência “para que sejam realizadas eleições realmente (…) livres”, acrescentou o arcebispo Jesús González, em uma entrevista coletiva.
No dia 8 de julho, representantes de Maduro e de Juan Guaidó reativaram, em Barbados, os diálogos iniciados em maio, em Oslo, para buscar saídas para a crise, com a mediação da Noruega.
Entretanto, o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, negou, no dia 10 de julho, que as partes estejam discutindo a respeito de uma convocatória para novas eleições presidenciais.
Enquanto isso, Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por 50 países, reiterou que mantém sua estratégia de expulsar Maduro para formar um “governo de transição” que convoque “eleições livres”.
Maduro, sob cujo governo o país petrolífero afundou na pior crise econômica de sua história moderna, foi reeleito em maio de 2018 em um processo eleitoral boicotado pela oposição, que o considerou fraudulento.
O governante socialista acusa a cúpula eclesiástica de atuar como um partido político, mas faz uma diferença em relação ao Papa Francisco, que no passado apoiou diálogos entre o governo e a oposição.