O Resolute Sentinel 2024 (RS24), um exercício militar multinacional liderado pelo Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM), foi concluído com sucesso em 14 de junho de 2024, após três semanas de treinamento abrangente e cooperação entre as nações participantes.
Realizado principalmente no Peru, o exercício contou com a participação de mais de 1.500 membros de todos os ramos das forças armadas, com a participação do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, França e Peru. O exercício deste ano concentrou-se no aprimoramento da segurança regional e da interoperabilidade por meio de vários cenários de treinamento, incluindo resposta a desastres, prontidão médica, defesa cibernética, entre outros.
Como a interoperabilidade está em primeiro plano, a parceria tem sido fundamental.
“Entre as coisas mais significativas que temos feito em todos os setores está a de criar uma força multinacional integrada que seja operável e uma das coisas mais importantes foi criar relações de confiança com nossas nações parceiras, para que estejamos posicionados e prontos para prestar apoio em qualquer situação no Hemisfério Ocidental”, declarou o Coronel Barton Kenerson, da Força Aérea dos EUA, comandante da Força-Tarefa Conjunta Combinada – RS24.
Durante o exercício, as equipes médicas atenderam mais de 1.200 pacientes, realizaram cerca de 80 cirurgias e se instalaram em hospitais locais no Peru, enquanto as equipes de Assuntos Civis dos EUA distribuíram 2.380 caixas de material escolar para cinco escolas em Iquitos, no Peru.
![Peru, US partner for aeromedical evacuation training at Resolute Sentinel 2024](https://dialogo-americas.com/wp-content/uploads/2024/06/PER-RS24-End-2-300x200.jpg)
“O poder do nosso pessoal e os relacionamentos que foram formados são provavelmente os mais importantes. Temos que concentrar-nos em estabelecer relacionamentos que sejam duradouros durante anos e anos, para que, quando formos chamados, possamos integrar-nos, operar e executar juntos”, disse o Cel Kenerson. “Posso dizer que, do ponto de vista de onde estamos hoje, nossas equipes são extremamente melhores para todos os compromissos que tivemos.”
Embora o exercício tenha se concentrado principalmente no apoio humanitário, ele também serviu como uma oportunidade para desenvolver táticas e conceitos de treinamento preexistentes e, ao mesmo tempo, experimentar um treinamento realista de interoperabilidade com os países aliados, implementando um emprego de combate ágil.
Abrangendo mais de uma dúzia de lugares, para incluir três países diferentes, o RS24 possibilitou numerosas operações aéreas e marítimas abrangentes, aprimorando significativamente as capacidades operacionais das nações participantes.
Em relação às operações aéreas, foram registradas mais de 326 horas de voo em 299 missões de ordens de tarefas aéreas. Em relação às operações marítimas, a Guarda Costeira dos EUA realizou cerca de 10 embarques e 22 surtidas de embarcações, incluindo embarques para fins de treinamento de aplicação da lei, com foco no combate ao narcotráfico e à pesca ilegal, além de Equador, Peru e Estados Unidos participarem de intercâmbios de assuntos em terra, enfatizando primeiros socorros e resposta à poluição, que são cruciais para aprimorar as capacidades locais de resposta à poluição, garantindo a preparação para responder a desastres costeiros e aprimorar as operações de busca e resgate. Por sua vez, a equipe cibernética frustrou cerca de 64.000 ataques reais à infraestrutura de comunicações, comprovando ainda mais o valor da interoperabilidade, da confiança e da solidariedade.
“Foi simplesmente incrível observar como as equipes resolveram desafios significativos e se integraram com todas as nossas nações parceiras. Eles avançavam no emprego ágil de combate, resolvendo problemas logísticos significativos… o que quer que fosse; a equipe foi absolutamente incrível”, ponderou o Cel Kenerson. “Seja no Peru, na Colômbia, no Brasil, não importa… ninguém via de que país você era nessa organização; eles simplesmente romperam barreiras e fizeram dela um enorme sucesso; essa foi provavelmente uma das melhores integrações que já vi em meus 29 anos na Força Aérea.”