Outro funcionário venezuelano vinculado ao regime ilegítimo de Nicolás Maduro foi incluído na lista dos mais procurados dos Estados Unidos.
O Departamento de Imigração e Controle de Fronteiras dos EUA (ICE, em inglês) anunciou uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levem à prisão ou condenação de Joselit de la Trinidad Ramírez Camacho, que também foi designado como alvo do Programa de Recompensas do Crime Organizado Transnacional do Departamento de Estado dos EUA.
O anúncio foi feito no dia 1º de junho em Nova York, onde Ramírez foi indiciado no Distrito Sul por violações à Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência, a Lei Kingpin, e outras sanções impostas pelo Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA.
Ramírez, que atualmente é superintendente de criptomoedas na Venezuela, é acusado de “fortes vínculos políticos, sociais e econômicos com diversos supostos líderes do narcotráfico”, e de participar do crime organizado transnacional. Tareck El Aissami, chefe de economia e petróleo do regime, estava entre os líderes do tráfico de drogas apontados na declaração.
“O povo venezuelano merece um governo eleito livremente, cujas autoridades não conspirem com seus parceiros para praticar crimes e roubar o povo da Venezuela, incluindo a lavagem de dinheiro para esconder suas atividades ilícitas”, declarou o secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo.
Tanto Ramírez como El Aissami tiveram um papel essencial no lançamento do petro, um tipo de moeda com apoio petrolífero emitida pelo regime de Maduro em 2018. Eles vêm tentando popularizar a moeda nacionalmente e entre um pequeno grupo de parceiros comerciais da Venezuela. Os venezuelanos podem usá-la em postos de gasolina e lojas, mas, apesar de todas as tentativas do regime, a moeda não foi universalmente adotada e teve efeitos muito limitados.
Em março de 2020, os EUA anunciaram uma recompensa de US$ 15 milhões por Maduro, que enfrenta acusações de narcotráfico, bem como de até US$ 10 milhões por outros membros do seu regime, incluindo El Aissami, Diosdado Cabello, líder da ilegítima Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, e Vladimir Padrino, ministro da Defesa do país.
“Os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar os venezuelanos a restaurar sua democracia através de eleições presidenciais livres e justas, o que lhes proporcionará uma liderança nacional honesta e capaz”, disse Pompeo.