A Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA realizaram um treinamento marítimo com a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, no Golfo da Guiné, na costa ocidental da África, nos dias 22 e 23 de agosto.
A fragata brasileira Independência (F44) e a Base Marítima Expedicionária USS Hershel “Woody” Williams (ESB 4) participaram do treinamento multinacional durante o Exercício GUINEX-I, a primeira edição da iniciativa conduzida e idealizada pelo Brasil. Os Estados Unidos participaram depois de receberem um convite para ajudar a divulgar a importância da segurança marítima para as nações parceiras da região.
O Exercício GUINEX-I, realizado de agosto até setembro, tem o objetivo de fortalecer as parcerias com os países da África ocidental e central, bem como com outros países interessados na segurança marítima regional. Esse exercício permite que a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil forneçam treinamento e assistência a outras marinhas e corpos de fuzileiros navais na região, com foco na criação de capacidades para combater a pirataria e outras atividades marítimas ilícitas.
“Nesses dias, quando falamos sobre segurança marítima, precisamos abordar a interoperabilidade. Para melhorar a interoperabilidade, os exercícios conjuntos são essenciais”, disse o Capitão de Fragata Thiago Lopes da Silva, oficial de ligação brasileiro com as Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Sul (MARFORSOUTH, em inglês). “Sem dúvida, o GUINEX-I é uma grande oportunidade para o desenvolvimento da segurança marítima, não apenas para os países envolvidos, mas também para toda a região do Golfo da Guiné.
O intercâmbio incluiu a integração de oficiais navais norte-americanos, brasileiros e portugueses a bordo do Hershel “Woody” Williams, para facilitar o planejamento e o apoio dos eventos de treinamento, bem como criar interoperabilidade entre todas as forças.
Os dois navios integraram seu treinamento executando embarques compatíveis e não compatíveis, operações com pequenas embarcações, atividades de conscientização do domínio marítimo e exercícios de manobras e comunicação. Esse evento terminou com um exercício de passagem (PASSEX, em inglês), quando os navios coordenam manobras lado a lado e ao redor um do outro, para aumentar a prontidão operacional e a interoperabilidade dos navios de ambas as nações.
Os Estados Unidos e o Brasil têm um interesse compartilhado na segurança, prosperidade e liberdade de navegação na África, nas águas ao redor do continente. O Brasil tem uma longa e sólida história de trabalho com os parceiros africanos e empenha-se em seu sucesso; o Exercício GUINEX-I é um exemplo disso.
“O Brasil é um país exportador global de segurança e continua a criar oportunidades para engajamentos mútuos no exterior”, disse o Major Reese Johnson, oficial administrativo do Brasil no MARFORSOUTH. “Eles são experientes, profissionais e estão profundamente engajados com seus parceiros africanos.”
No início deste ano, o Brasil participou do Simpósio de Líderes de Infantaria Naval – África, um fórum multinacional com foco na África, projetado para reunir nações parceiras com forças marinhas e infantarias navais para desenvolver a interoperabilidade, as capacidades de resposta às crises e promover relações para melhorar a segurança do domínio marítimo da África.
Em 2022, o Brasil sediará o Exercício UNITAS, o exercício marítimo multinacional mais antigo do mundo, bem como a Conferência de Líderes de Fuzileiros Navais das Américas, um foro para que os principais líderes se reúnam para discutir como os parceiros multinacionais podem fortalecer em conjunto a segurança de múltiplos domínios em todo o hemisfério ocidental. Esses eventos, junto com o GUINEX, demonstram a liderança do Brasil no domínio marítimo e fortalecem uma parceria multinacional globalmente alinhada.