No dia 24 de fevereiro de 2022, o Exército do Uruguai destacou um contingente militar para substituir suas tropas junto à Força Multinacional de Paz e Observadores (MFO, em inglês), que supervisiona a implementação das disposições de segurança do tratado de paz Egito-Israel, para evitar violações de seus termos.
Ao despedir-se do grupo de 16 militares uruguaios que farão a substituição na missão na península do Sinai, o ministro da Defesa uruguaio, Javier García, elogiou as Forças Armadas como “profissionais para consolidar e estabelecer a paz” em uma situação de preocupante tensão internacional devido à invasão da Rússia à Ucrânia.
García lembrou que há 50 membros militares uruguaios na MFO e que este ano se comemoram 40 anos da missão, produto dos acordos de Camp David, onde Israel e Egito assinaram a paz graças à mediação dos Estados Unidos, pondo um fim a hostilidades históricas. O contingente uruguaio desempenha duas funções importantes para a MFO: o transporte terrestre e o apoio com um grupo especializado de engenheiros.
Com a presença do General de Brigada Evan Williams, do Exército do Uruguai, comandante da MFO, foi realizada, no dia 3 de março, a cerimônia de substituição e entrega de medalhas ao contingente uruguaio, que encerrou sua missão no campo sul da MFO, perto da cidade egípcia de Sharm el Sheikh.
As Forças Armadas do Uruguai estão presentes na península do Sinai desde 1982, e também participaram de missões de paz no Afeganistão, Burundi, Chipre, Costa do Marfim, Eritreia, Etiópia, Geórgia, Haiti, Libéria, República do Congo, Saara Ocidental e Serra Leoa, entre outros países.
“A participação do Uruguai em missões e operações de paz permitiu que nossas Forças Armadas tivessem o reconhecimento de toda a comunidade internacional por sua coragem, determinação, profissionalismo e compromisso de nossos soldados nesse tipo de operações”, lembrou o Coronel Luis Viñas, do Exército do Uruguai, diretor da Escola Nacional de Operações de Paz do Uruguai, segundo o jornal uruguaio La Mañana.