No dia 8 de julho, a Polícia do Uruguai, com o apoio da Marinha Nacional e da Força Aérea do Uruguai, desarticulou uma organização do narcotráfico no âmbito da Operação Guarani. As forças de ordem realizaram mais de 23 incursões em diversas cidades no estado de Colônia, bem como em Montevidéu.
Vinte e nove pessoas foram detidas, incluindo líderes da organização fornecedora de drogas, informou o Ministério do Interior do Uruguai em um comunicado publicado no mesmo dia. Durante a operação, as autoridades também confiscaram armas, munições, drogas, veículos, telefones celulares e dinheiro em espécie. De acordo com o portal uruguaio La Colonia Digital, as autoridades estavam há 11 meses investigando e coletando inteligência para a operação.

“Durante esses meses foram realizadas diversas operações contra o crime organizado”, disse Javier García, ministro da Defesa do Uruguai, em um comunicado publicado no dia 10 de julho. “A mais recente operação foi realizada anteontem [8 de julho], um trabalho conjunto […] que possibilitou uma série de invasões e a apreensão de drogas e outros elementos.”
Em outra operação realizada em 29 de abril no estado de Artigas, as autoridades encontraram 454 quilos de cloridrato de cocaína (avaliados em US$ 11,3 milhões) e 61 kg de pasta base de coca, que foram lançados de uma pequena aeronave. Duas pessoas foram capturadas durante a operação, informou o Ministério do Interior em um comunicado publicado no dia 30 de abril.
“Essa é uma modalidade utilizada pelos cartéis de drogas para enviar a substância de um lugar a outro, e nosso país tem prestado muita atenção a esses tipos de manobras, o que determinou essa importante operação”, afirmou o Ministério do Interior.
O presidente Luis Lacalle Pou, ao assumir o seu cargo em março de 2020, anunciou medidas para fortalecer as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas, informou o jornal uruguaio El País, para continuar avançando na luta contra o narcotráfico realizada no final de 2019.
Em dezembro de 2019, as autoridades uruguaias apreenderam mais de 4,4 toneladas de cocaína escondidas em contêineres no porto de Montevidéu e que seriam destinadas à cidade de Lomé, no Togo, África. Jaime Borgiani, diretor nacional de Alfândega do Uruguai, declarou a El País que essa foi a maior apreensão de cocaína já feita no país.
Em meados de março, as Forças Armadas do Uruguai realizaram missões de patrulhamento e reconhecimento nas fronteiras, em cumprimento à Lei de Controle de Fronteiras aprovada em 2018, publicou o Ministério da Defesa em seu perfil no Twitter. Cerca de 1.000 militares foram destacados para combater o crime em todas as suas formas, especialmente o tráfico de drogas, armas, pessoas e o contrabando em geral, informou a revista digital Infodefensa.
Estamos em lugares onde o Estado uruguaio não esteve anteriormente, porque ficam no meio do nada, onde habitualmente o crime organizado aproveitava para passar, e isso tem um efeito dissuasivo”, disse García em um comunicado.