O Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) pretende aumentar a presença militar dos Estados Unidos no hemisfério ocidental, ao cortar fundos dos programas de segurança para ajudar as nações parceiras da América Latina a combater os cartéis de drogas.
Em uma declaração por escrito no dia 11 de março de 2020, o Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do SOUTHCOM, disse que os Estados Unidos “só conseguiram interditar com sucesso cerca de 9 por cento do movimento conhecido de drogas” recentemente na América Latina e no Caribe.
O Alte Esq Faller disse ao Comitê de Serviços Armados da Câmara que precisaria de um aumento substancial de recursos para melhorar drasticamente essa cifra, incluindo dezenas de embarcações.
“Reconhecendo esses desafios complexos em nossa vizinhança, teremos um aumento da presença militar dos EUA no hemisfério”, declarou o Alte Esq Faller à imprensa, no Pentágono, após o informe.
Parceiros vitais
O aumento, que coincide com uma avaliação feita pelo Pentágono no comando, incluirá mais embarcações, aeronaves e forças, disse o Alte Esq Faller, sem especificar números.
Entretanto, esse aumento não será suficiente para combater as ameaças por completo, “e por isso é tão importante que os parceiros participem”, acrescentou o Alte Esq Faller.
No ano passado, metade das interdições de drogas dos EUA na região foram possíveis devido às forças locais das nações parceiras, segundo o SOUTHCOM.
A necessidade de maior participação das nações parceiras surgiu quando o mais recente orçamento do Pentágono reduziu os fundos do programa de segurança para as nações parceiras do SOUTHCOM em cerca de 20 por cento.
“Essa redução significa que precisaremos fazer algumas escolhas e retirar fundos de alguns programas… que aumentaram a capacidade de nossos parceiros de fazerem coisas como o combate ao narcotráfico”, disse o Alte Esq Faller.
Ele acrescentou que uma maior presença militar ajudaria os EUA a compensar as perdas a curto prazo dos fundos para o programa de cooperação de segurança, mas reconheceu que “pode haver algumas áreas nas quais enfrentaremos alguns riscos no futuro”.