As Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA no Pacífico sediaram o Simpósio de Líderes Anfíbios do Pacífico (PALS, em inglês), evento anual reconhecido como o principal simpósio marítimo do Pacífico, realizado virtualmente no dia 19 de maio de 2021.
O evento visa reunir uma comunidade de líderes de forças anfíbias com a mesma linha de pensamento, com foco e equidades na região indo-pacífica. Vinte e cinco nações participaram, incluindo representantes latino-americanos do Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
O PALS-21 foi a sexta edição do evento, criado em 2015, que reúne líderes seniores das instituições militares aliadas e parceiras de todo o mundo, com o objetivo de manter e desenvolver relações e ter um diálogo significativo sobre os aspectos essenciais das operações marítimas e anfíbias, do desenvolvimento de capacidades, da resposta a crises e da interoperabilidade.
“As operações anfíbias são um esforço conjunto”, disse o Vice-Almirante (FN) Steven Rudder, comandante das Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Pacífico. “Esse é um importante fórum para abrir debates e intercambiar ideias e melhores práticas sobre questões mútuas e interesses compartilhados.”
Os tópicos do evento incluíram o desenvolvimento de medidas de resposta a ameaças não convencionais, interoperabilidade regional e desenvolvimento da força. Esses diálogos oferecem uma oportunidade útil para que os líderes seniores das forças anfíbias compartilhem ideias e aprimorem a cooperação, visando os interesses comuns que promovem a estabilidade.
Chile, Colômbia, Equador e Peru são nações do Pacífico com interesses comuns e equidades compartilhadas sobre segurança e estabilidade na região do Pacífico. O Chile tem uma força naval profissional e opera uma Marinha com alcance e influência globais. Sua habilidade para projetar o poder no Pacífico é significativa e sua capacidade de realizar atividades no raio das operações militares permite que o país compartilhe interesses que incluem as ameaças indo-pacíficas. Eles participaram de vários exercícios e operações combinados e desejam ter um papel mais importante para exportar segurança e promover a estabilidade em todo o Pacífico. Em 2021, o Chile participou do PALS diretamente com um diálogo sobre a interoperabilidade regional e a importância dos relacionamentos humanos para aumentar essa interoperabilidade.
O Contra-Almirante Flavio Montagna, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais do Chile, discutiu a necessidade vital de ter capacidades anfíbias com a atual interconectividade global. Ele abordou ainda os desafios compartilhados e o valor de uma força multinacional que possa trabalhar e operar em conjunto.
“O compartilhamento de equipamentos, bem como de técnicas, táticas e procedimentos nos permite ter maior coordenação e uma colaboração mais próxima”, declarou.
O Peru tem uma força naval altamente capacitada e participou de diversos eventos na região indo-pacífica. O Peru sediará o exercício UNITAS no final deste ano, quando também será o líder da força-tarefa combinada. O UNITAS é o mais antigo exercício marítimo do mundo em andamento e reúne as forças multinacionais para realizar operações de planejamento e anfíbias. Além disso, o Peru está desenvolvendo um centro internacional de treinamento anfíbio com o objetivo de tornar-se um centro anfíbio de excelência e exportar segurança, não apenas para os países do hemisfério ocidental, mas com esperanças de expandir esse alcance globalmente.
A participação do Chile e do Peru em eventos como o PALS e o Exercício Rim of the Pacific (RIMPAC) aumenta a interoperabilidade e contribui para a resposta a crises como desastres naturais. Ao criar esses relacionamentos com outros parceiros do Pacífico, eles também contribuem para combater as ameaças à segurança da região.
O Brasil tem mais de 90 embarcações navais e participa de exercícios e missões em todo o mundo. Atualmente, o país tem a previsão de assumir o comando da missão de contrapirataria das Nações Unidas, Força-Tarefa Combinada-151, em 2021. A experiência do Brasil como uma força globalmente integrada e país líder de uma força-tarefa marítima, permite que compartilhe experiências, desenvolvimento de capacidades e lições aprendidas.
“O comparecimento e a participação de nossos parceiros sul-americanos nesse evento são significativos”, disse o Capitão de Mar e Guerra Michael McWilliams, comandante das Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Sul, que foi selecionado para ser contra-almirante. “Isso mostra a importância global das ameaças e operações marítimas relativas ao Oceano Pacífico, e também aumenta esses relacionamentos e a interoperabilidade para aumentar a segurança e a estabilidade.”
O comparecimento e a participação de nossos parceiros sul-americanos nesse evento são significativos”, disse o Capitão de Mar e Guerra Michael McWilliams, comandante das Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Sul.