A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de 2,5 toneladas de cloridrato de cocaína, no dia 1º de dezembro de 2020, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. A apreensão é, segundo a PF, a maior já realizada no estado e uma das maiores já registradas no Brasil.
A PF obteve informações de que uma organização criminosa estaria se valendo de um galpão para a armazenagem do entorpecente. Após um trabalho de investigação, que identificou movimentação suspeita de veículos no local, os policiais federais realizaram a ação. O entorpecente apreendido foi encaminhado à Superintendência da PF no Rio de Janeiro e a pesagem registrada foi de 2,466 toneladas da droga.
“No local, dois homens foram presos e, com eles, foram apreendidas também duas armas sem registro, sendo uma pistola e um revólver, além de um rádio comunicador”, disse um comunicado da PF.
Um dos homens era responsável pela segurança do local, que, segundo os policiais constataram, tratava-se de um policial militar de folga. O outro, um homem de 41 anos, encontrava-se dentro do imóvel com o entorpecente. Os presos foram indiciados e responderão pelo crime de tráfico de drogas, podendo pegar até 15 anos de reclusão.
Operação Areia Branca
Um dia após a apreensão histórica no Rio de Janeiro, a PF deflagrou a Operação Areia Branca. A ação, iniciada no dia 2 de dezembro, teve o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Segundo informações da PF, foram realizados cinco mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e Vitória, Serra e Itapemirim, no Espírito Santo, além do sequestro de mais de R$ 11 milhões (mais de US$ 2 milhões) em bens móveis e imóveis da organização criminosa. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande.
As investigações, que tiveram início em 2018, apontaram que um traficante internacional, listado à época como um dos seis narcotraficantes mais procurados no Brasil, comandava da Bolívia o envio de aproximadamente 3 toneladas mensais de cocaína para o Brasil, a partir da região do Chapare boliviano. O investigado principal e sua esposa foram localizados e presos durante as apurações.
De acordo com a PF, as investigações apontaram que a droga chegava em solo brasileiro principalmente por meio de aeronaves de pequeno porte e, posteriormente, era transportada em caminhões que seguiam para cidades do interior do país. A cocaína destinada à Europa era embarcada ilegalmente em portos brasileiros dentro de navios de carga.