Em 19 de janeiro de 2022, a Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) do Paraguai prendeu três integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa brasileira, em uma propriedade rural no Paraguai, perto da região de fronteira com o Brasil. As prisões foram feitas por agentes do Departamento de Inteligência Estratégica da SENAD em cooperação com a Polícia Federal (PF) brasileira.
Um dos detidos é Marcio Vinicius da Paixão Vieira, conhecido como Pica-Pau, apontado pelas autoridades como o chefe do PCC em Minas Gerais. “[Marcio Vinicius] havia fugido da prisão. Por isso, era considerado um objetivo importante”, afirmou a ministra da SENAD Zully Rolón, em entrevista ao canal PYTV do Paraguai. “Ele estava na penitenciária pelo delito de narcotráfico”, acrescentou Rolón.
No momento da prisão, os três indivíduos estavam coordenando atividades criminosas vinculadas ao tráfico de drogas e armas, disse a SENAD em um comunicado.
Matador de policiais
Marcio Vinicius foi localizado por agentes da SENAD em uma casa nos arredores do município de Zanja Pytã, na região de Pedro Juan Caballero, estado de Amambay. “De acordo com as autoridades, a tatuagem do personagem Coringa no braço direito de Marcio indica que ele tinha a função de matador de policiais na quadrilha”, informou o jornal brasileiro O Globo.
Os outros dois membros da facção foram identificados pela SENAD como Mizael Correa Viana e Jonatan Pinheiro Rocha. As autoridades também apreenderam armas, além de veículos, disse o site de notícias brasileiro Campo Grande News.
Duas prisões em 3 meses
Segundo a SENAD, Marcio e Mizael já haviam sido presos pela Polícia Nacional do Paraguai em outubro de 2021 em Pedro Juan Caballero. “Eles e outros três suspeitos estavam em uma casa com um verdadeiro arsenal, que incluía fuzis, pistolas e equipamentos de comunicação da facção”, informou o site brasileiro G1. Mas ambos fugiram depois e voltaram à fronteira para coordenar o tráfico de drogas e armas juntamente com Jonatan, informou a SENAD.
“A cooperação internacional permanente com a PF tornou possível a rápida detenção dessas pessoas”, disse a ministra Rolón. Os três criminosos foram entregues às autoridades brasileiras.
Em 2021, a coordenação entre os agentes da SENAD e da PF permitiu a captura de importantes líderes do PCC na região de fronteira. Entre eles, Weslley Neres dos Santos, vulgo Bebezão, William Meira do Nascimento, vulgo Bruxo, e Anderson Meneses de Paula, vulgo Tuca.
