A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) do Paraguai encerrou no dia 8 de março de 2021 a Operação Nova Aliança XXIV, com a destruição de 490 hectares de cultivos ilegais de cannabis no estado de Amambay.
“Os 490 hectares representam a destruição de cerca de 1.470 toneladas de maconha”, informou a SENAD em um comunicado.
Com o apoio de quatro helicópteros da Polícia Federal do Brasil, os agentes penetraram nas regiões de bosques de Santa Ana, Colo’o e Colonia Piray. Nesses lugares, eles destruíram 87 acampamentos do narcotráfico, responsáveis pelo início da cadeia de fornecimento de drogas.
“Os 14 dias de trabalho serviram para gerar a destruição da logística das fontes de tráfico que sustentam a produção”, informou a SENAD.
Segundo a Agência de Informação Paraguaia (IP), os militares encontraram sistemas de armazenamento de água e mangueiras para irrigação. Eles também detectaram o uso de vasos de borracha e meia sombra para a germinação das mudas de maconha.
“Dessa maneira, eles estariam aperfeiçoando os processos para garantir uma melhor ‘qualidade’ de suas mercadorias ilícitas”, informou a agência IP.
A SENAD incinerou também 14,7 toneladas de maconha, entre a droga picada e a que estava pronta para ser embalada.
“A presença das forças operacionais nos territórios afetados pelos cultivos ilícitos é fundamental e também um desafio permanente para o Paraguai e o Brasil, diante de uma atividade altamente vinculada ao crime organizado regional”, disse a SENAD.
Operação Atlântico Norte
No dia 24 de fevereiro, durante a Operação Atlântico Norte, agentes da SENAD realizaram quatro incursões em empresas que poderiam ter vínculos com a remessa recorde de 23 toneladas de cocaína para os portos europeus.
Dias antes da operação, um carregamento de 16 toneladas de cocaína foi apreendido no porto de Hamburgo, na Alemanha, e outro de 7 toneladas no porto de Antuérpia, na Bélgica.
A cocaína foi enviada em contêineres dentro de latas de tinta, informou o jornal ABC do Paraguai. As autoridades investigam se a droga teria sido carregada no Paraguai ou em outros portos do trajeto até a Europa.
“Ainda que se tenha certeza de que os contêineres saíam do nosso país, nem sempre a carga é feita aqui nos portos paraguaios”, disse o ministro do Interior Arnaldo Giuzzio, segundo a agência Reuters. “Em muitas ocasiões, a carga é contaminada em outros portos.”