O Panamá já apreendeu um mínimo de 3,1 toneladas de drogas no transcurso deste ano, produto de pelo menos sete operações, informou o Serviço Nacional Aeronaval (SENAN), a principal instituição antidrogas panamenha, no dia 26 de janeiro.
“No período entre o início de 2021 até a presente data, o Serviço Nacional Aeronaval, através da execução de sete operações, confiscou um total de 3.139 pacotes [com aproximadamente um quilo cada um] de substâncias ilícitas”, anunciou o SENAN em um comunicado.
O SENAN é a instituição policial panamenha que apreende mais drogas, porque realiza parte de suas operações no mar, rota utilizada principalmente pelos narcotraficantes para transportar a droga da América do Sul até os Estados Unidos.
A mais recente apreensão, divulgada em 26 de janeiro, ocorreu na Ilha Casayeta, no Arquipélago de las Perlas, no Pacífico panamenho, quando agentes do SENAN encontraram em uma lancha rápida 1.344 pacotes de suposta cocaína escondidos em 31 sacos.
A embarcação havia sido abandonada em uma praia pelos supostos narcotraficantes, que fugiram da polícia depois de serem descobertos durante o traslado da mercadoria.
No entanto, após um patrulhamento pelo local, os agentes conseguiram deter dois colombianos e um panamenho, que supostamente estavam envolvidos com o carregamento ilegal.
As autoridades panamenhas confiscaram um total de 84 toneladas de drogas, principalmente cocaína, durante 2020, quando foram apresentadas acusações contra 3.200 pessoas.
Em 2019, foram apreendidas 90 toneladas, o que representa um recorde.
A polícia acredita que a pandemia não tenha impedido os carteis de aumentar sua produção e levá-la para os Estados Unidos através do Caribe.
O agente antidrogas Javier Caraballo explicou no início de janeiro que os narcotraficantes haviam optado por utilizar o Caribe panamenho para transportar maiores quantidades de drogas, substituindo as lanchas artesanais por embarcações rápidas de alto calado e semissubmersíveis com maior capacidade.