Durante duas operações realizadas paralelamente, unidades do Serviço Nacional Aeronaval do Panamá (SENAN) confiscaram 1.049 quilos de cocaína, um semissubmersível e uma lancha tipo go-fast, e capturaram seis colombianos nas águas do Pacífico panamenho.
Segundo a inteligência do SENAN, durante ambas as operações realizadas no final de junho, foram utilizados recursos aéreos e navais do SENAN, e recebemos o apoio de forças de ordem dos Estados Unidos e da Colômbia.
A primeira operação foi realizada no sul da Ilha Coiba, na província de Veraguas, onde unidades do SENAN apreenderam 610 kg de cocaína a bordo de um semissubmersível e detiveram os quatro colombianos que o tripulavam.
“O objetivo é tentar burlar as autoridades, pois eles [os criminosos] sabem que as capacidades do Estado panamenho agora não são as mesmas de antes. São potencialmente altas, com aeronaves de patrulhamento marítimo, lanchas com todo tipo de tecnologia, igual que os barcos, e uma equipe comprometida nessa luta [contra o narcotráfico]”, disse à Diálogo o ministro da Segurança Pública do Panamá, Juan Manuel Pino Forero, com relação à utilização de semissubmersíveis por parte dos narcotraficantes.
O ministro explicou que grande parte dos alertas emitidos por outros países sobre os carregamentos ilícitos que cruzam o Panamá são detidos por autoridades panamenhas.
“Não posso dizer que realizamos as capturas em 100 por cento dos alertas, mas nossa eficácia é superior a 95 por cento sempre que recebemos um alerta de narcotráfico”, afirmou Pino.
Ao sul da Ilha San José, no Arquipélago das Pérolas, na província do Panamá, as unidades do SENAN realizaram outra operação durante a qual conseguiram interceptar uma lancha tipo go-fast com 439 kg de cocaína a bordo. Sua tripulação, dois colombianos, foi detida.
Entre os dias 1º de janeiro e 1º de julho de 2020, o SENAN, com a realização de 38 operações, confiscou um total de 23.054 kg de substâncias ilícitas, informou o Gabinete de Relações Públicas da instituição.
Segundo a inteligência do SENAN, a maioria dos grandes carregamentos de substâncias ilícitas inicia sua trajetória no Golfo de Urabá, na Colômbia, e grande parte do produto ilícito pertence ao grupo armado organizado colombiano Clã do Golfo.