Mais de 2,5 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa ao país, no dia 24 de fevereiro, segundo a Organização das Nações Unidas. Entre eles, estão centenas de latino-americanos, cujas nações se mobilizaram para evacuar seus nacionais.
Brasil
Cerca de 500 cidadãos brasileiros estavam na Ucrânia, informou a emissora alemã DW, com base em informações do governo brasileiro. A fim de resgatar cidadãos brasileiros que conseguiram ultrapassar as fronteiras ucranianas, a Força Aérea Brasileira (FAB) enviou a Varsóvia, capital da Polônia, duas aeronaves. Uma delas, a KC-390 Millennium, foi carregada com 11,6 toneladas de ajuda humanitária, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
Em Varsóvia, 42 brasileiros, 20 ucranianos, cinco argentinos, um colombiano e 10 animais embarcaram no voo da FAB, informou a Força Aérea. O retorno para Brasília foi em 10 de março. Além da iniciativa de resgate, o governo brasileiro instalou três postos avançados da Embaixada do Brasil: um em Lviv, cidade ucraniana a cerca de 70 quilômetros da fronteira com a Polônia; outro em Chisinau, capital da Moldávia; e um terceiro em Siret, na Romênia.
Equador
Mais de 700 cidadãos já retornaram ao Equador em três voos humanitários, organizados pela Chancelaria do país, e em voos particulares tomados por iniciativa dos próprios equatorianos, informou a AP no final de fevereiro. De cada 10 latino-americanos que estavam vivendo na Ucrânia, três eram equatorianos, de acordo com o jornal El Comercio do Equador.
Argentina
Entre os argentinos, mais de 70 conseguiram sair da Ucrânia. Com relação aos cidadãos argentinos que ainda estão na Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, descreveu que “temos um registro de todos eles, estamos em permanente comunicação com eles, continuamos a trabalhar com todos os argentinos que estão lá com vontade de partir. Estamos levando um consulado móvel para a fronteira com a Polônia e também para a Romênia, que são as duas saídas possíveis que nossos compatriotas têm usado”, informou o site de notícias Infobae no início de março.
Peru
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Peru, cerca de 320 peruanos vivem na Ucrânia, informou a Voz da América. No início de março, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que a repatriação dos peruanos que chegaram à fronteira com a Polônia após a fuga da Ucrânia será feita por voos comerciais, segundo o diário peruano Gestión. Mais de 50 conseguiram voltar ao Peru, tendo sido recebidos pelo próprio presidente no aeroporto, como mostrou em vídeo o jornal britânico Independent.
Chile
O consulado chileno em Varsóvia, Polônia, tinha 53 chilenos registrados na Ucrânia, de acordo com a CNN. As autoridades chilenas entraram em contato com os chilenos na Ucrânia e lhes forneceram informações sobre os esforços que estão sendo feitos para mantê-los seguros e ajudá-los a deixar o país, enquanto trabalhavam com embaixadas de nações parceiras que têm representação diplomática na Ucrânia, informou a CNN.
O Ministério das Relações Exteriores do Chile também relatou uma colaboração com a Colômbia para o estabelecimento de dois centros de recepção na Polônia para seus cidadãos que fogem do conflito armado, informou o jornal norte-americano Los Angeles Times.
Colômbia
Desde o início de março, o governo da Colômbia conseguiu evacuar mais de 240 cidadãos colombianos que estavam na Ucrânia, noticiou o jornal El Colombiano. Trinta e quatro colombianos estão hospedados em Varsóvia, 13 na Hungria, cinco em Cracóvia e um em Lubin.