Os países membros da Comunidade do Caribe (CARICOM) fortalecerão a resposta da região à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INR), através de ações coordenadas tanto em nível nacional como regional. Isto foi declarado em uma reunião do Mecanismo Regional de Pesca do Caribe (CRFM) e da Agência de Implementação da Comunidade do Caribe para o Crime e Segurança (CARICOM IMPACS) sobre pesca ilegal e crime organizado na indústria pesqueira.
A reunião ocorreu em Belize, em março, com a presença de mais de 90 participantes de 15 Estados membros do CRFM, em uma iniciativa apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e pelo governo da Noruega. “Este encontro representa um marco importante nos esforços da região para fortalecer a resposta a esse problema desafiador e caro”, disse o CRFM após a reunião.
Os países membros se comprometeram a reforçar a cooperação e usar tecnologia digital de última geração para fortalecer a resposta da região à pesca INR e às atividades criminosas de organizações transnacionais, como tráfico de drogas, de pessoas e de armas; contrabando de mercadorias; fraude e falsificação de documentos; crimes fiscais; e lavagem de dinheiro, entre outros, que usam a pesca comercial e recreativa como cobertura para suas atividades, disse a organização.
“Nossa cruzada no Caribe é fazer parceria com todas as agências internacionais, para garantir a redução das atividades criminosas relacionadas à Economia Azul”, disse Saboto Cesar, ministro da Pesca de São Vicente e Granadinas, ao portal Caribbean National Weekly. “Pretendemos trabalhar com parceiros regionais e internacionais e outros governos amigos.”
Segundo estimativas da ONG Oceana, sediada em Washington, D.C., até 30 por cento dos frutos do mar capturados no mundo inteiro vem da pesca INR, que está avaliada em aproximadamente US$ 50 bilhões anuais.
“A pesca INR pode incluir a pesca sem autorização, ignorando os limites de captura, operando em áreas fechadas e pescando com equipamentos ilegais ou capturando peixes ou vida selvagem proibidos”, disse a Oceana. “Essas atividades ilegais podem destruir o habitat essencial, esgotar severamente as populações de peixes e ameaçar a segurança alimentar global.”