A cooperação entre as forças de segurança da região mostrou resultados no início de julho de 2021, com a apreensão de mais de 3 toneladas de cocaína em operações multinacionais, informou a Marinha da Colômbia em um comunicado. Três operações foram realizadas com as autoridades da Costa Rica, Estados Unidos, Panamá e República Dominicana, graças à informação de inteligência fornecida pela instituição naval colombiana.
“Essas operações nascem de um trabalho realizado no interior da Marinha da Colômbia, onde foram obtidas informações sobre a saída desses entorpecentes do território colombiano, e são coordenadas com as autoridades dos demais países para o desenvolvimento das atividades de interdição”, disse à Diálogo o Capitão de Mar e Guerra Joaquín Adolfo Urrego Silva, da Marinha da Colômbia, comandante da 73ª Força-Tarefa contra o Narcotráfico Neptuno. “Todas elas [contaram] sempre com uma comunicação constante para dar seguimento a cada uma das informações fornecidas.”
A primeira operação ocorreu quando a Marinha da Colômbia identificou a saída de um carregamento de drogas a bordo de duas lanchas rápidas do município de Titumate, estado de Chocó, no Pacífico colombiano. As lanchas se dirigiam ao Panamá, onde os narcotraficantes receberam e ocultaram a mercadoria em pacotes enterrados debaixo da terra, explicou o comunicado da Marinha. Com inteligência da Colômbia, unidades do Serviço Nacional Aeronaval do Panamá localizaram um depósito com 1.968 quilos de cocaína na área de Costa Abajo, na província de Colón.
Simultaneamente, a 20 milhas náuticas a nordeste de Limón, na Costa Rica, unidades do Serviço Nacional de Guarda-Costas, com o apoio de autoridades panamenhas e da Força-Tarefa Conjunta Interagencial Sul (JIATF-Sul, em inglês) do Comando Sul dos EUA, interceptaram uma moto nave que transportava 1.002 kg de cocaína. A lancha era tripulada por dois nicaraguenses e um colombiano, segundo a Marinha da Colômbia, e havia zarpado do estado de La Guajira, no Caribe colombiano.
A terceira apreensão ocorreu em águas da República Dominicana, onde unidades da sua força naval e da JIATF-Sul interceptaram uma lancha rápida tripulada por dois dominicanos e um colombiano que, de acordo com inteligência da Colômbia, também havia saído de La Guajira, com 401 kg de cocaína.
“Reunindo os esforços de cada uma dessas instituições que compartilham o mesmo objetivo de combater o narcotráfico, pudemos unificar alguns critérios e consolidar algumas formas de poder afetá-lo e, dessa maneira, como ocorre hoje, temos uma interação muito boa com a maioria dos países da América Central e do Grande Caribe”, explicou o CMG Urrego.
Entre os dias 1º de janeiro e 18 de julho de 2021, a Força Naval do Caribe e a 73ª Força-Tarefa contra o Narcotráfico Neptuno participaram de operações contra o narcotráfico, que resultaram na apreensão de 87.376 kg de cloridrato de cocaína e 180 kg de maconha, disse o CMG Urrego. Além disso, as instituições contribuíram para a destruição de 18 infraestruturas ou laboratórios e a apreensão de 222.411 kg de insumos sólidos, 134.760 litros de insumos líquidos e 46 veículos, entre aeronaves, motos aquáticas e semissubmersíveis.