Javier Tarazona, diretor da FundaRedes, uma ONG que denunciou a presença de grupos irregulares colombianos em território venezuelano, revelou a localização do que se define como “casas seguras”, que são supostamente utilizadas por líderes de grupos irregulares colombianos na venezuelana.
“Os líderes do ELN [Exército de Libertação Nacional] e das FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] vivem entre nós, financiados pela cúpula do poder na Venezuela; não foi só o discurso, foi a ação”, afirmou Tarazona à imprensa no dia 1º de junho de 2021.
Os líderes do ELN [Exército de Libertação Nacional] e das FARC [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] vivem entre nós, financiados pela cúpula do poder na Venezuela; não foi só o discurso, foi a ação”, Javier Tarazona, diretor da FundaRedes.
De acordo com Tarazona, defensor de direitos humanos, Nicolás Rodríguez Bautista, vulgo Gavino; Eliécer Chamorro, vulgo Antonio García; e Gustavo Giraldo, vulgo Pablito, “estão na Venezuela nessas casas seguras”.
“Assim como [o ex-líder das FARC, Jesús] Santrich também esteve nessas casas seguras, hoje lá estão Iván Márquez, Villa, Salo e Richard, comandantes das FARC, dessa Segunda Marquetalia que anunciou a retomada das armas em 2019. Em Táchira, Barinas, Guárico e Miranda estão as novas casas que a FundaRedes denuncia, e essa não é a primeira vez que o fazemos”, acrescentou Tarazona. “Você passa a praça Los Arvelos, em Barinitas; uma quadra acima à direita, encontrará a entrada da casa onde Iván Márquez e os líderes do ELN estão protegidos, com o apoio financeiro de membros da Força Armada Venezuelana”, acrescentou.
“Eles também estão em Miranda, perto de Miraflores, próximo das casas de muitos que hoje detêm o poder, de altos funcionários do regime, na localidade de Villa de Monteclaro, especificamente no setor número 87, onde há três guaritas que controlam a entrada naquela região. Ali encontrarão uma casa conhecida por eles como El Frio, uma casa segura, uma casa de abrigo para a guerrilha nas operações que realizam na capital da república”, explicou.
O Ministério Público designou a localização de pelo menos cinco desses refúgios, afirmou Tarazona. Ele também questionou a forma como a ditadura de Nicolás Maduro lidou com o conflito armado em Apure.
“A perversidade do alto comando militar, o silêncio, fazem com que a angústia e o sofrimento dessas famílias sejam maiores. Nossa solidariedade a essas famílias, aos militares caídos, porque o que resta de tudo isso é uma guerrilha que acabou vencendo, que assassinou nossos militares, que obrigou o deslocamento de mais de 7.000 pessoas para a Colômbia”, insistiu Tarazona.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, anunciou, através de um comunicado, que os oito militares venezuelanos que estavam nas mãos de “grupos irregulares armados colombianos” foram “resgatados sãos e salvos”. Ele informou ainda que continuam sendo procurados outros dois militares que ainda estão desaparecidos.
Padrinho reiterou que, em cumprimento a instruções de Maduro, eles continuarão combatendo as organizações criminosas que, afirmou, pretendem cometer “crimes transnacionais” em território venezuelano.