O ranking do Fórum Econômico Mundial (WEF, em inglês) colocou a Nicarágua no 109º lugar entre os 141 países nos quais mediu o Índice de Competitividade Global em 2019.
Com a análise, o WEF colocou o país centro-americano como o segundo menos competitivo da América Latina, estando acima apenas da Venezuela.
O economista Enrique Sáenz disse à Voz da América que o presidente da Nicarágua Daniel Ortega desperdiçou os recursos humanos e econômicos do país.
“Em termos de competitividade na sociedade baseada no conhecimento, a chave está na educação e com Ortega não foi dado qualquer passo à frente; ao contrário, foi dado um passo para trás”, afirmou o especialista.
Com os dados fornecidos pelo WEF, Sáenz declarou: “nessas condições não é de se estranhar que a Nicarágua esteja no final da fila dos postos de competitividade e, enquanto Ortega continuar no poder, lamentavelmente não haverá uma solução para essa situação.”
Enquanto isso, Sergio Maltés, presidente da Câmara de Indústrias da Nicarágua, assegurou que esse índice é usado como referência pelos investidores no momento de decidir onde aplicar seu capital, questão chave para a geração de empregos.
“Essas são as consequências da crise da qual vimos padecendo desde o ano passado [2018]. O que acontece? Ao perdermos a competitividade, estamos aumentando os custos de produção, devido às reformas tributárias que nos são impostas pelo governo. Isso afeta os preços e é difícil mantermos a qualidade dos produtos, além de ser uma ameaça a longo prazo”, ressaltou Maltés.
A análise, que é uma das mais importantes do mundo, mostra que além disso a Nicarágua utiliza pouco a tecnologia de informação, como mostram os baixos índices de assinaturas de internet de banda larga, fixa ou móvel.