As autoridades mexicanas capturaram no México, em 20 de abril de 2022, o traficante de drogas Eduard Fernando Giraldo, conhecido como Boliqueso, informou o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador. Logo após, ele foi deportado para a Colômbia e será extraditado para os Estados Unidos por tráfico de cocaína, declarou no Twitter a Polícia Nacional da Colômbia (PNC).
“Após a captura de [Dairo Antonio Úsuga] vulgo Otoniel, esta é a segunda captura mais importante […] de um traficante de drogas, que é uma das pessoas que mais cocaína tirou da Colômbia nos últimos anos”, disse o General de Exército Jorge Luis Vargas Valencia, diretor da PNC.
Sua captura na Cidade do México foi efetuada graças a um estreito monitoramento da Secretaria da Marinha do México (SEMAR) e da PNC, que durante vários meses seguiram a sua pista no México, onde detectaram barcos, veículos e apartamentos de luxo. O indivíduo conhecido como Boliqueso, do departamento colombiano de Valle del Cauca, “é considerado um alvo de alto valor para a DEA e Europol [Agência da União Europeia para a Cooperação Policial], acusado do crime de tráfico internacional de cocaína. Ele também é um dos traficantes de drogas que herdou os negócios do agora extinto Cartel Norte del Valle”, disse no Twitter o presidente da Colômbia, Iván Duque.
O acompanhamento
Em 2020, a PNC alertou a SEMAR sobre a presença de Giraldo em território mexicano, segundo a revista mexicana Contralínea. Em julho daquele ano, a PNC informou a SEMAR sobre uma remessa internacional de pacotes de Cali para Cancun, recebido por um associado do Boliqueso. Também foi fornecido o número do celular do parceiro e começaram o trabalho de georreferenciamento.
Giraldo não permanecia muito tempo em suas casas seguras na Cidade do México, Acapulco, Cancún e Monterrey, de acordo com Contralínea. No entanto, a PNC e a SEMAR continuaram trocando informações que levaram à localização e captura do criminoso no distrito de Coyoacán, no sul da capital mexicana.
Cartéis mexicanos
Por outro lado, de acordo com a Reuters, os cartéis mexicanos de Sinaloa, Zeta e Jalisco Nueva Generación têm emissários em solo colombiano e estão presentes em 11 de suas 32 províncias.
Em 8 de abril, a PNC confirmou a captura do traficante mexicano Brian Donaciano Olguín Verdugo, conhecido como Pitt, um dos traficantes de drogas mais procurados pelos EUA, considerado o principal elo entre o cartel de Sinaloa e os dissidentes das Forças Armadas da Colômbia (FARC), que coordenavam os envios de cocaína para a América Central.
Em uma operação conjunta entre a PNC e a DEA, o indivíduo conhecido como Pitt foi capturado em um apartamento em Cali, onde foi notificado do pedido de extradição do Tribunal do Distrito Sul da Califórnia por conspiração para importar cocaína, disse a PNC.
“Quando capturamos uma pessoa com esse perfil, estamos enviando uma mensagem a todas essas pessoas, que vêm à Colômbia querendo assumir o controle do negócio do narcotráfico, que encontrarão uma força policial que afeta esses emissários”, declarou ao diário mexicano El Universal, em 14 de abril, o agente chefe da operação contra vulgo Pitt, sem dar seu nome, por questões de segurança.