Para o Segundo-Sargento Jeremy Miter, da Guarda Aérea Nacional de Nova York , a adaptação ao calor e à umidade da Amazônia foi a parte mais difícil das seis semanas que ele passou no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Brasil do final de setembro até meados de novembro de 2022.
“Uma vez que entramos na selva, era um nível de calor totalmente diferente”, contou o 2º Sgt Miter.
“A floresta tropical de copa tripla mantém o calor dentro e ao seu redor e cria como se fosse uma panela de pressão.”
Apesar do calor, o 2º Sgt Miter tornou-se o quinto membro da Guarda Nacional de Nova York a se formar após terminar o curso que o CIGS realiza para militares estrangeiros em Manaus, capital do estado do Amazonas.
O curso para militares brasileiros dura cerca de 10 semanas.
Soldados e aviadores de Nova York treinam no CIGS desde 2019 como parte do acordo de intercâmbio entre militares brasileiros e a Guarda Nacional de Nova York no âmbito do Programa de Parceria Estadual.
Para operar no calor e na umidade, os alunos — que vieram da Índia, França, Espanha, Portugal, Paraguai, Uruguai e Argentina, assim como dois outros americanos do 7º Grupo de Forças Especiais — aprenderam a se manter hidratados para acompanhar a perda de suor, explicou o 2º Sgt Miter.
O Sargento Miter disse ainda que o curso começa com testes de aptidão física e o aluno tendo que provar que pode nadar e se manter flutuando uniformizado e com equipamentos de combate. O próximo passo é aprender a sobreviver na selva. Os alunos aprendem o que comer e não comer, como encontrar água potável e como encontrar abrigo.
“Eles nos colocam na floresta por 48 horas por conta própria para sobreviver sem comida e apenas com a água que você traz consigo”, disse ele. “Não creio que ninguém tenha comido durante todo o evento de sobrevivência. Por sorte, choveu no final.”
O 2º Sgt Miter, 33 anos, é um controlador aéreo tático conjunto, ou JTAC , destacado no 274º Esquadrão de Operações de Apoio Aéreo.
Ele foi escolhido para participar do curso porque “tem o foco mental e a força física necessários para o sucesso”, disse o Primeiro-Sargento Denny Richardson, do Comando da Guarda Aérea Nacional de Nova York.
A natação é fundamental para o treinamento, segundo análise do 2º Sgt Miter. “Os alunos aprenderam a usar os rios para se locomover. Eles nadavam com suas mochilas cheias de equipamentos e usando balsas improvisadas e também aprenderam a usar barcos para se infiltrar em uma área específica”, completou o militar.
O treinamento constante manteve os 25 membros da turma tão cansados que ninguém tinha energia para se preocupar com jacarés ou piranhas no rio, disse ele.
Os alunos também aprenderam a navegar na selva densa usando a associação do terreno,e praticaram o rapel de helicópteros, acrescentou Miter.
“A troca de conhecimento entre nós e o Brasil foi grande. Além disso, trabalhar com militares de outros países com os quais não se trabalha normalmente foi valioso”, concluiu Miter.
Foto:
O Segundo-Sargento Jeremy Miter (dir.), da Guarda Nacional de Nova York, , membro do 274º Esquadrão de Operações de Apoio Aéreo, é parabenizado pelo chefe do mundialmente famoso Centro de Instrução de Guerra na Selva do Brasil, em Manaus, no dia 17 de novembro de 2022. (Foto: Guarda Aérea de Nova York)