A Marinha do Peru coordenou a quinta edií§ío da Conferíªncia internacional Plataformas de Combate e OPV América Latina 2016. A conferíªncia internacional ajuda a criar oportunidades de negócio e acordos de investimento para modernizaí§ío de frota para enfrentar possíveis ameaí§as.
Durante tríªs dias, oficiais das marinhas do Peru, Colí´mbia, México, Brasil, Uruguai, Chile e Canadí¡ se reuniram na cidade de Lima, Peru, para trocar conhecimentos sobre aquisií§ío de embarcaí§íµes e comunicaí§íµes operacionais, bem como o desenvolvimento de embarcaí§íµes de apoio/combate, patrulha e vigilí¢ncia.
Representantes de estaleiros, empresas de defesa e produtores, bem como oficiais das Forí§as Armadas e da Polícia Nacional do Peru e oficiais das marinhas e projetos navais das marinhas do Peru, México, Uruguai e Honduras, entre outros
A OPV Latin America permitiu a interaí§ío direta entre fabricantes e seus usuí¡rios finais. O evento anual foi uma iniciativa da Defence IQ, organizaí§ío brití¢nica, e da Associaí§ío Naval dos Oficiais de Superfície do Peru em coordenaí§ío com o a Marinha de Guerra do Peru. Edií§íµes anteriores foram realizadas no Brasil em 2012 e 2013, na Colí´mbia em 2014 e no Equador no ano passado.
Empresas de defesa da Europa e dos EUA ficaram conhecendo os requisitos para construí§ío de novas embarcaí§íµes. Os engenheiros navais, que participam do processo de projeto e construí§ío para diversos projetos, viram tecnologias atuais para plataformas de superfície, tanto para fragatas quanto para os navios de patrulha oceí¢nica (OPVs por sua sigla em inglíªs).
O Almirante Jorge Montoya Manrique, ex-comandante do Comando Conjunto das Forí§as Armadas do Peru e presidente da Associaí§ío Naval de Oficiais de Superfície do Peru, disse í Diálogo: “í‰ do interesse nacional de todos os países ter uma indústria naval que seja vigorosa, auto-sustentí¡vel e sustentí¡vel a longo prazo. Os países exigem uma frota com capacidade de dissuasío, que seja eficiente e que tenha a velocidade necessí¡ria para proteger as zonas econí´micas exclusivas de cada país, bem como para combater o trí¡fico de drogas e pesca ilegal, e usar OPVs para essas funí§íµes é mais econí´mico.”
Para o Peru, a modernizaí§ío de sua esquadra é importante porque sua frota tem mais de 30 anos de idade. A Marinha do Peru planeja adquirir seis fragatas e quatro OPVs para combater organizaí§íµes de trí¡fico de drogas e enfrentar futuros desafios.
“O Peru estí¡ em vias de definir a plataforma de superfície que substituirí¡ as fragatas e corvetas. O programa de modernizaí§ío, que estí¡ projetado para ser desenvolvido nos próximos 10 a 15 anos, inclui a aquisií§ío de unidades de OPV, pequenos barcos de patrulha e fragatas, para que a Marinha do Peru possa realizar suas missíµes de defesa com sucesso”, disse o Alte Montoya.
Durante o evento, de acordo com a Marinha do Peru, oficiais da América Latina trataram de tópicos como “Como a tecnologia transfere seu apoio para planos e modernizaí§ío da Marinha do Peru”, “Desafios e perspectivas para a construí§ío de embarcaí§íµes navais do México” e “Frota de OPVs e barcos de alta seguraní§a de Honduras”.
“Entre as novas tecnologias, necessitamos selecionar sistemas robustos de propulsío que requeiram períodos longos de tempo entre manutení§íµes programadas, a tecnologia mais recente em sistemas de armamentos; radares de médio e longo alcance; mísseis antiaéreos e canhíµes assistidos por foguetes para futuras embarcaí§íµes”, continuou o Alte Montoya.
Conforme relatado no programa de TV Noti Naval de 30 de junho, o Contra-Almirante (r) Carlos de Izcue Arnillas, gerente comercial do estaleiro estatal do Peru, Marine Industrial Services (SIMA, da sigla em espanhol), disse: “Precisamos transferir tecnologia, conhecimento e experiíªncias de forma a podermos enfrentar o desafio, que jí¡ nío é mais apenas nacional mas também regional e global”.
A Marinha do Peru estí¡ comprometida com um importante programa de modernizaí§ío de frota que serí¡ desenvolvido nos próximos 10 a 15 anos. Ela stí¡ construindo de quatro a 10 pequenas unidades de patrulha com 500 toneladas de deslocamento. Essas unidades sío úteis para operaí§íµes próximas í costa. A Marinha também planeja modernizar e modificar suas corvetas para barcos de patrulha.
“Honduras, como nós e todos os países da regiío, tem um problema de controle de atividades ilícitas referentes a trí¡fico de droga. A Marinha da Honduras (FNH, da sigla em espanhol) pretende construir barcos de patrulha mais leves, nío muito grandes e com menor tonelagem”, explicou o Alte Montoya. “O México tem um projeto para construir 60 embarcaí§íµes desse tipo.”
O governo de Honduras planeja adquirir um OPV-80 para patrulhar sua zona econí´mica exclusiva. Em abril, a FNH anunciou a aquisií§ío de um Navio de Suporte Logístico de Curto Alcance BAL-C do estaleiro estatal da Colí´mbia, Empresa de Ciíªncia e Tecnologia para o Desenvolvimento do Setor Naval, Marítimo e Ribeirinho.
Através das fases I e II do Plano Orion, a Colí´mbia modernizou suas fragatas de Classe Padilla FS-1500 e iniciou um programa para construir OPVs. O Plano Propuser do Brasil ainda nío teve início devido a problemas orí§amentí¡rios. O Chile adquiriu fragatas usadas e as modernizou, de acordo com um relatório do websiteInfodefensa.
Os participantes da conferíªncia internacional fizeram uma visita í s instalaí§íµes do estaleiro SIMA e observaram um exercício de interceptaí§ío marítima que a Marinha do Peru organizou exclusivamente para os participantes.
Esse tipo de evento [Conferíªncia Latino-Americana de Navios de Guerra e OPV] nos permite compartilhar e entender questíµes, e isso é fundamental para países como o nosso, que estí¡ tentando criar sua indústria naval SIMA”, disse o Contra-Almirante Silvio Alva Villamón, diretor executivo da SIMA.”E essa discussío é duplamente importante no Peru porque hí¡ uma oportunidade para outros membros da cadeia produtiva da indústria nacional para participar e entender a importí¢ncia da indústria naval.”
O Peru empreendeu ví¡rios projetos de construí§ío naval nos últimos cinco anos. De destaque entre eles é a fabricaí§ío de ví¡rias unidades de combate ribeirinho; barcos de patrulha marítima e costeira; Plataformas de Aí§ío Social Itinerante (PIAS, da sigla em espanhol), que fornecem programas de assistíªncia médica e social para residentes da floresta amazí´nica; a primeira embarcaí§ío de múltiplas finalidades da Marinha, chamada Varayoc; e o navio de treinamento Unión, a maior embarcaí§ío de seu tipo na América Latina.