A Marinha da Colômbia deu vários golpes ao narcotráfico, depois de liderar diversas operações combinadas com forças na região, resultando na apreensão de mais de 4 toneladas de cloridrato de cocaína no Caribe costarriquenho e no Pacífico colombiano.
As operações realizadas em meados de março entre a Marinha da Colômbia, o Serviço Nacional de Guarda-Costas da Costa Rica e a Força-Tarefa Conjunta Interagencial Sul (JIATF-Sul) do Comando Sul dos EUA demonstraram mais uma vez a importância da interoperabilidade na luta contra as organizações criminosas transnacionais.
“A Marinha da Colômbia sustenta um esforço compartilhado na luta contra o narcotráfico com diferentes instituições e países ao redor do mundo”, disse à Diálogo o Capitão de Mar e Guerra Ibis Manuel Luna Forbes, da Marinha da Colômbia, comandante da Força-Tarefa Contra o Narcotráfico Nº 73 Neptuno. “A JIATF-Sul é um de seus aliados estratégicos mais importantes para o planejamento, execução e consolidação das operações contra este flagelo. A JIATF-Sul contribui diretamente com a Marinha da Colômbia em um esforço conjunto que permite detectar, monitorar e interromper as operações criminosas de narcotráfico e seus crimes relacionados, que constituem uma ameaça global.”
Na primeira operação, a Marinha da Colômbia coordenou com a Guarda Costeira da Costa Rica e a JIATF-Sul para interceptar duas lanchas rápidas em águas costarriquenhas, resultando na apreensão de 2.072 quilos de cloridrato de cocaína. As autoridades interditaram uma embarcação tripulada por um colombiano e um venezuelano na área de Tortuguero, Costa Rica, enquanto a segunda embarcação, tripulada por três costarriquenhos, estava a 5 milhas náuticas de Bocas del Río, Vizcaya, também na Costa Rica.
“Os dois carregamentos eram transportados a bordo de lanchas rápidas chamadas Go Fast, que são o método mais comum utilizado pelas organizações de tráfico de drogas para transportar substâncias ilícitas no Caribe, com 25 eventos registrados até agora em 2023”, enfatizou o CMG Luna.
Por outro lado, em águas do Pacífico Colombiano, a Marinha, com o apoio de uma unidade dos EUA, interditou um semissubmersível de aproximadamente 15 metros de comprimento, que transportava 2.643 kg de cloridrato de cocaína. O dispositivo era tripulado por quatro homens; dois deles foram encontrados mortos, aparentemente devido a um acidente causado pela geração de gases tóxicos do combustível, disse a Marinha em um comunicado.
No decorrer de 2023 [até 4 de abril], a Força Naval do Caribe apreendeu mais de 37,2 toneladas de cloridrato de cocaína e 1.621 kg de maconha, através de operações conjuntas e combinadas.
“Todo este trabalho notável, somado à determinação firme de nossos homens em proteger o azul da bandeira no Mar do Caribe, nos permitiu dar um golpe decisivo às finanças dos grupos dedicados ao tráfico de drogas ilícitas e seu apoio logístico, que deixaram de receber mais de US$ 1.256 milhões”, explicou o CMG Luna.
Em sua conta no Twitter, a Marinha da Colômbia disse ter apreendido mais de 100 toneladas de narcóticos durante o primeiro trimestre de 2023.