Em uma operação fluvial, a Força Naval do Pacífico da Marinha da Colômbia, com o apoio do Exército Nacional, apreendeu dois semissubmersíveis em um estaleiro artesanal ilegal na área rural de Tumaco, departamento de Nariño, em meados de março. O estaleiro de 380 metros quadrados e os artefatos ilegais pertenciam ao grupo criminoso Iván Ríos, uma dissidência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, informou a Força Naval.
Os semissubmersíveis tinham 25 metros de comprimento e capacidade para transportar até 4 toneladas de narcóticos cada um, disse a Marinha da Colômbia em um comunicado.

Um dos semissubmersíveis estava 80 por cento completo e o outro estava totalmente acabado, pronto para transportar drogas ilícitas destinadas a cartéis de narcotráfico no México, informou a Marinha. Durante a operação, as autoridades também apreenderam um barco, equipamentos de comunicação e várias ferramentas utilizadas para fabricar esses meios ilegais de transporte marítimo, que foram destruídos de acordo com os protocolos estabelecidos.
“Essa é uma investigação criminal que vem ocorrendo há algum tempo; a informação tem origem porque alguns destes dispositivos semissubmersíveis já foram capturados nas costas do México”, disse à Diálogo o Coronel Jaime Orlando Zambrano Chavarro, do Corpo de Fuzileiros Navais da Colômbia, comandante da 4ª Brigada de Infantaria, em Tumaco.
As autoridades colombianas têm encontrado semissubmersíveis há cerca de 10 anos, os quais em princípio conservam a mesma estrutura. Estima-se que cada semissubmersível possa valer até US$ 1 milhão.
“O custo inclui o tempo necessário para construí-lo, o estaleiro naval que eles têm que montar para ter a infra-estrutura necessária para fabricá-lo, o motor ou motores […], em geral, o resto das atividades logísticas que estão envolvidas na construção de um semissubmersível”, disse o Cel Zambrano. “Neste caso particular, tendo conseguido destruir o estaleiro e os dois semissubmersíveis, conseguimos alcançar um impacto bastante elevado de mais de US$ 2 milhões, o que afeta a estrutura criminosa Iván Ríos”.
No decorrer de 2022, até meados de março, a Força Naval do Pacífico apreendeu nove semissubmersíveis e 30 toneladas de cocaína. “Esta importante conquista, é claro, foi possível graças ao esforço institucional que a Marinha Nacional está fazendo neste momento, com o enfoque em que todas as unidades estejam destacadas na costa do Pacífico colombiano, a fim de afetar esse negócio criminoso que é o narcotráfico”, disse o Cel Zambrano.