O regime de Nicolás Maduro e seus aliados continuam encontrando novas maneiras de reprimir a democracia e brutalizar o povo venezuelano.
Quando o presidente interino Juan Guaidó voltou de sua viagem diplomática ao exterior, em 11 de fevereiro de 2020, assassinos de aluguel pró-Maduro o atacaram no aeroporto nas proximidades de Caracas. Um deles tentou quebrar a janela do seu carro com um cone de trânsito.

Enquanto Guaidó saiu ileso, outras pessoas não tiveram a mesma sorte.
Os comparsas de Maduro espancaram os jornalistas enquanto as forças de segurança observavam e não faziam nada. Seis repórteres ficaram gravemente feridos e muitos outros tiveram seus equipamentos roubados, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas baseado nos EUA.
“Quando os jornalistas tentaram prestar uma queixa formal sobre as agressões na sede do Ministério Público, agentes policiais armados bloquearam o edifício e não os deixaram entrar”, informou o Comitê.
As forças de segurança do regime apreenderam Juan José Márquez, tio de Guaidó, quando ele passava pela alfândega. O regime de Maduro alega que Márquez carregava material explosivo no voo que trazia Guaidó de volta de Portugal e suspendeu os voos da companhia aérea TAP Air Portugal para Caracas. A ministra das Relações Exteriores de Portugal, Teresa Ribeiro, disse à agência de notícias Associated Press que a decisão era “completamente infundada e injustificada”.
“Este é um esforço óbvio e cruel que visa atacar os assessores mais próximos de Guaidó e sua família”, declarou Elliott Abrams, do Departamento de Estado dos EUA.
Márquez foi visto pela última vez sob a custódia da Direção Geral de Contrainteligência Militar, uma agência de inteligência pró-Maduro conhecida por torturar cidadãos.
Mais de uma semana depois, oficiais da Direção entraram à força na casa de Márquez, estando presentes sua esposa e filhos. O governo interino e o advogado de Márquez denunciaram o ato.
Em uma declaração do Departamento de Estado, os Estados Unidos condenaram a detenção sem fundamento e pediram que o regime de Maduro libertasse Márquez. “Responsabilizaremos totalmente Nicolás Maduro e aqueles que o rodeiam pela segurança e bem-estar da família do presidente interino Guaidó e de todos aqueles que defendem a democracia na Venezuela”, afirmou.
De acordo com relatórios, em 2019 houve 2.219 prisões arbitrárias na Venezuela. Desde que Maduro assumiu o poder em 2014, houve cerca de 15.000 no total.
Em janeiro, segundo a Assembleia Nacional, o regime de Maduro saqueou ilegalmente uma estação de assistência internacional, deixando o povo venezuelano com menos suprimentos médicos, menos alimentos não perecíveis, remédios e cobertores.
“Os Estados Unidos condenam os milhares de assassinatos, ataques e detenções arbitrárias que têm ocorrido na Venezuela”, acrescentou o comunicado do Departamento de Estado. “Apoiamos as famílias das vítimas, exigindo justiça e responsabilidade.”