Líderes militares seniores do Departamento de Defesa dos EUA, Canadá, França, Países Baixos e Reino Unido realizaram debates estratégicos para explorar o futuro da segurança do hemisfério ocidental, através de uma abordagem transatlântica.
O Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) sediou a Conferência de Aliados 2021 – Otimização da Incerteza, uma sessão presencial e virtual com duração de meio dia, que reuniu líderes dos EUA e da OTAN, além de autoridades-chave representativas das sedes estratégicas das nações aliadas participantes.
A conferência buscou enfatizar a importância da Aliança e suas parcerias, alinhando visões e interpretações do ambiente de segurança do hemisfério ocidental, bem como desenvolvendo abordagens para responder às ameaças emergentes. Os líderes discutiram as ameaças globais ao hemisfério, lidando com as consequências da pandemia da COVID-19, a ameaça das organizações criminosas transnacionais e o conflito com a China e outros Estados autoritários que buscam ter influência na região.
“A pandemia acelerou cada fator de instabilidade [na América Latina e no Caribe]. A maioria dos países dessa região tem PIB negativo e, simultaneamente, vemos essas rivalidades geoestratégicas se manifestando especialmente em relação à China”, disse o Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do SOUTHCOM. “Nesse hemisfério, vemos seu crescimento insidioso, tal como o vemos em todo o mundo, e eles estão tentando garantir a supremacia econômica da China a qualquer custo.”
A pandemia acelerou cada fator de instabilidade [na América Latina e no Caribe]. A maioria dos países dessa região tem PIB negativo e, simultaneamente, vemos essas rivalidades geoestratégicas se manifestando especialmente em relação à China”, Almirante de Esquadra da Marinha dos EUA Craig S. Faller, comandante do SOUTHCOM.
As lideranças seniores de defesa dos EUA participantes incluíram o Alte Esq Faller; o Tenente Brigadeiro do Ar da Força Aérea dos EUA Tod Wolters, comandante do Comando Europeu dos EUA; o Tenente Brigadeiro do Ar da Força Aérea dos EUA Glen VanHerck, comandante do Comando Norte dos EUA; e o General de Exército Richard Clarke, comandante do Comando de Operações Especiais dos EUA.
Entre os líderes aliados estavam o Almirante de Esquadra da Marinha Real britânica Sir Tim Fraser, subchefe do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido; o Major-Brigadeiro da Real Força Aérea Canadense Christopher Coates, comandante do Comando de Operações Conjuntas do Canadá; o Vice-Almirante Jean Hausermann, comandante das Forças Armadas da França no Caribe; e o Vice-Almirante da Marinha Real Neerlandesa Bud Boots, subchefe da Defesa dos Países Baixos.
A conferência incluiu três sessões que se concentraram nas visões aliadas e na compreensão do emergente ambiente de segurança, no diálogo para aumentar o entendimento das abordagens de segurança e defesa das nações aliadas quanto ao hemisfério ocidental até 2025, além de identificar meios para levar coerência aos futuros esforços de aliança.
“[Nossa] orientação interina – Diretrizes de Segurança Nacional – e a carta do nosso secretário de Defesa realmente confirmam a necessidade de nos reunirmos e obtermos o total do que realmente fazemos [as coisas] para o bem maior do hemisfério e, na verdade, do mundo inteiro”, disse o Alte Esq Faller. “Durante os dois últimos anos, quando viajava pela região… [eu percebi] a necessidade de trabalharmos em conjunto e incrementar nossos vínculos históricos.”
Os membros da OTAN – França, Reino Unido e Países Baixos – têm interesses nacionais que se estendem além da Europa ocidental, em função de seus territórios soberanos de além-mar, incluindo aqueles que se encontram na América Latina e no Caribe.