Os graduados na Colômbia são altamente reconhecidos regionalmente por seu profissionalismo e capacidade de trabalho. Sua liderança e experiência no gerenciamento das tropas estão acompanhadas pela grande responsabilidade de ser o braço direito do comandante.
Diálogo teve a oportunidade de falar com o Subtenente Adjunto de Comando Luis Alfredo Bueno Márquez, subtenente adjunto de comando das Forças Militares da Colômbia, durante sua visita às instalações do Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM), sobre os avanços, a profissionalização e a projeção do corpo de graduados das Forças Militares da Colômbia.
Diálogo: O que significa ser o Subtenente Adjunto de Comando das Forças Militares da Colômbia?
Subtenente Adjunto de Comando Luis Alfredo Bueno Márquez, subtenente adjunto de comando das Forças Militares da Colômbia: É uma responsabilidade que nos é dada por nossos comandantes do alto comando militar, para que possamos dirigir a projeção dos graduados nas áreas tática, operacional e estratégica. É uma honra para mim estar nesta posição.
Diálogo: Quantos graduados compõem as Forças Militares da Colômbia e qual é o seu compromisso com eles?
S Ten Bueno: Temos 42.000 graduados que estão sob minha responsabilidade. Temos um compromisso muito forte com as novas gerações para ser essa linha de vida, essa ponte de bons costumes e práticas que fizeram com que as Forças Militares da Colômbia sejam uma instituição vitoriosa, capacitada e treinada para defender o povo colombiano. Nossos graduados se fortalecem no que são, no que sabem e no que fazem, desde o momento em que entram nas escolas de formação, passando por toda a fase de ser cabos e técnicos para chegar a sargentos, chefes, técnicos e técnicos-chefes.
Diálogo: Que qualidades deve ter um graduado para liderar tropas?
S Ten Bueno: Você precisa de pessoas com vocação; nós pertencemos a uma instituição que ampara a sociedade e protege a nação. Portanto, o graduado de mais alta hierarquia é uma pessoa que está técnica, tática e fisicamente preparada para conduzir o soldado, homens e mulheres, no campo de combate, e assim chegar à vitória.
Diálogo: A Colômbia está na vanguarda regional no avanço do corpo de graduados. A que se deve esse progresso e qual é a projeção a longo prazo?
S Ten Bueno: O SOUTHCOM desempenha um papel muito importante nesta área, pois eles têm sido um pilar de apoio de conhecimento e especialização, e servem como um ponto de referência para nós. Atualmente, estamos trabalhando com o SOUTHCOM na profissionalização dos graduados; por exemplo, na questão da igualdade de gênero, já que estamos levando para o campo de combate graduadas femininas da infantaria, artilharia e cavalaria do Exército; na Marinha, temos mulheres desempenhando funções em navios, nas costas, nos rios, nos submarinos; e, na Força Aérea, temos técnicas femininas em helicópteros e em aeronaves.
Nossa projeção como graduados é ter um graduado eficiente, efetivo e eficaz. Para conseguir isto, reforçamos acordos bilaterais com o Instituto de Cooperação em Segurança Hemisférica [WHINSEC], onde temos 42 alunos da Escola de Subtenentes do Exército, e alunos da Força Aérea Colombiana estão estudando na Academia Interamericana das Forças Aéreas. Isto é para que possamos projetar esse graduado a 20 ou 30 anos, para que tenha as ferramentas educacionais, técnicas e táticas para se tornarem grandes subtenentes, suboficiais e chefes técnicos. Temos um subtenente na Escola de Subtenentes do Exército preparando-se em questões de liderança, comunicação e organização, para que ele possa fortalecer nossos programas na Colômbia, tais como o Programa Integral para Graduados de Alta Hierarquia (PISAJ), o Curso Avançado para Graduados, o Curso Básico, Intermediário e Avançado para Capacitação de Liderança.
Diálogo: O senhor está falando precisamente do PISAJ, um programa conjunto entre o Exército da Colômbia e o Exército dos Estados Unidos. Qual é a importância deste programa para os graduados da Colômbia?
S Ten Bueno: O PISAJ está na Colômbia há oito anos, bianualmente, e no momento estamos realizando o 16º. O PISAJ é algo inovador porque, como graduados da mais alta hierarquia, precisávamos ter ferramentas no lado educacional para poder “não olhar para a árvore, mas para olhar para toda a floresta”. No lado internacional, estamos sendo uma referência para países como Brasil, México, Equador, Peru e Bolívia, pois esses países estão muito interessados em nossa oferta educacional.
Diálogo: Como trabalham os graduados nas Forças Militares da Colômbia?
S Ten Bueno: Temos um subtenente, um suboficial-mor e um suboficial nos níveis tático, operacional e estratégico em cada unidade militar do Exército, da Marinha e da Força Aérea, que estão a cargo do treinamento, do gerenciamento do talento humano, da moral combativa e de efetuar revistas e inspeções dos processos operacionais e administrativos. O subtenente é uma ferramenta muito importante para o comandante. Estou muito orgulhoso dos meus graduados, porque eles estão fazendo um trabalho consagrado, sacrificial e estão percorrendo a milha extra todos os dias por toda a ampla geografia da Colômbia.