Em uma operação conjunta das Forças Militares e da Polícia Nacional da Colômbia, foi neutralizado no dia 25 de outubro de 2020, em Novita, Chocó, Andrés Felipe Vanegas Londoño, conhecido como Uriel, líder do Exército de Libertação Nacional (ELN) e identificado como o terceiro comandante da frente de guerra Ocidental.
“Caiu uma das figuras mais importantes dessa organização terrorista”, informou o presidente da Colômbia Iván Duque, que anunciou o pagamento de US$ 130.000 que seu governo oferecia como recompensa por informações que levassem à captura desse criminoso. “Uriel era responsável por sequestros, assassinatos de líderes sociais, perseguição e hostilidades contra a população, e pelo assassinato de soldados e policiais.”
O Comando-Geral das Forças Armadas informou nesse mesmo dia, 25 de outubro, que Uriel assumiu a autoria do atentado contra a Escola de Cadetes da Polícia Nacional General Santander, praticado no dia 17 de janeiro de 2019, quando morreram 22 agentes.
“Era um criminoso que tinha como objetivo desestabilizar […] através de atos de violência, vandalismo e terrorismo, que praticava crimes utilizando, além de armas e instrumentos letais, as redes sociais como plataforma de mídia e propaganda em âmbito nacional e internacional, para fazer apologia ao crime, difundir ações criminosas e desafiar o Estado colombiano”, acrescentou o ministro da Defesa Carlos Holmes Trujillo.
“Desde 2018 ele começou a utilizar as redes sociais. Essa prática fez com que as Forças Militares o localizassem em cinco pontos no litoral de Chocó”, disse o General da Polícia Oscar Atehortúa, diretor da Polícia Nacional, que reconheceu como chave a informação que conseguiu obter “de alguns estudantes e grupos radicais, principalmente de Bogotá, Medellín e Pereira”. Uriel recebia jovens dessas cidades e os induzia a fazer parte das células urbanas do ELN.
“A neutralização desse líder contribuiu significativamente à redução do recrutamento forçado de menores de idade nas comunidades mais vulneráveis de Chocó, principalmente entre os povos indígenas, pois ele liderava a Escola Política de Jovens do ELN”, registrou o Exército Nacional da Colômbia em um comunicado.