Médicos do Elemento Médico (MEDEL, em inglês) da Força-Tarefa Conjunta-Bravo e do 1º Batalhão do 228º Regimento de Aviação se reuniram para avaliar as necessidades da pequena comunidade de Florida de San José, em La Paz, Honduras, durante um Exercício de Treinamento de Prontidão Médica (MEDRETE, em inglês) Pediátrica, nos dias 22 e 23 de maio.
“Estávamos avaliando e gerenciando a desnutrição em uma comunidade pediátrica selecionada pelo Ministério da Saúde de Honduras”, disse a Capitão do Exército dos EUA Alyssa Montemayor, enfermeira registrada no MEDEL e oficial encarregada do MEDRETE. “Eles completaram uma avaliação, onde estudaram uma comunidade para saber quais eram as suas necessidades de saúde pública. Após identificar as necessidades, eles nos pediram para coletar mais dados sobre essa questão de saúde pública. Nós reunimos todos esses dados e os enviamos ao Ministério da Saúde, esperando que eles criem políticas de saúde pública e que nossos médicos, enfermeiros e provedores tenham um treinamento na vida real com a população local, em uma unidade de saúde pública.”
A equipe médica para examinar as crianças, com idades entre seis meses e cinco anos, era formada por um enfermeiro registrado, especialistas em primeiros socorros, médicos e um enfermeiro e um técnico de saúde pública.
“Ao chegarmos lá, avaliamos as mães e as crianças e pedimos que preenchessem um formulário”, disse a Cap Montemayor. “Depois disso, foram à primeira estação com os médicos e enfermeiros e medimos sua altura, peso, circunferência braquial e também o nível de hemoglobina.”
A Cap Montemayor explicou que a hemoglobina é uma molécula encontrada nos glóbulos vermelhos, que transporta oxigênio para o resto do corpo. Quando as análises são comparadas com outros fatores do corpo, podem ser indício de desnutrição.
“Nós inserimos todos esses valores na calculadora estatística que ajuda a determinar se a criança está desnutrida ou não”, continuou. “Os resultados também consideram a altitude do lugar onde estamos realizando o estudo. Tudo isso é muito importante, porque, quanto mais alto for o lugar onde o estudo está sendo feito, maior será o nível de hemoglobina necessária no sangue da pessoa, porque a pressão do ar é menor para inalar a quantidade adequada de oxigênio.
“Em ambos os estudos realizados em março e em maio, descobrimos que quase 50 por cento das crianças não tinham hemoglobina em níveis suficientes, indicando anemia perniciosa”, explicou. “Esse tipo de anemia pode ser evitado com uma nutrição adequada.”
Membros da seção de saúde pública do MEDEL também tiveram um papel importante no treinamento.
“O MEDRETE pretende deixar um legado duradouro e a saúde pública é parte importante disso”, explicou a Cap Montemayor. “Não podemos curar ou solucionar seus problemas, mas podemos fornecer-lhes educação, o que repercutirá através das gerações e talvez os ajude a evitar esses problemas no futuro.”
O Major do Exército dos EUA Jorge Chaves, enfermeiro de saúde pública do MEDEL, concorda que esses impactos podem levar a mudanças futuras. Enquanto realizava pesquisas na região, ele também dava instruções aos habitantes locais sobre a alimentação das crianças, vacinas e precauções de higiene e ambientais.
“A educação é normalmente o primeiro passo para a mudança”, disse o Maj Chaves. “Quando colocamos as coisas em seus devidos lugares, não estamos impactando apenas o dia de hoje. Podemos ter um impacto no desenvolvimento adequado de uma comunidade do ponto de vista da saúde através dos tempos. Ao coletarmos esses dados hoje, acessando-os novamente no futuro, sabemos que contaremos com dois pontos de comparação para constatar se nossas intervenções surtiram efeito.
Além de fornecer informações sobre prevenção de saúde à comunidade, a saúde pública também colhe dados do ambiente, incluindo a análise de mosquitos para verificar quais as doenças que eles podem transmitir, além de testar amostras de água. Os resultados também são comunicados ao Ministério da Saúde de Honduras.
Os MEDRETEs fornecem informação à nação anfitriã, mas também servem como um aprendizado para todos os participantes envolvidos.
“Eles querem a nossa presença e aguardam ansiosos para trabalhar conosco; isso é muito estimulante para eles e muito instrutivo para nós”, disse o Maj Chaves, referindo-se ao trabalho com os profissionais locais. “Às vezes podemos fazer a coisa certa e fazê-la de diferentes maneiras. É uma oportunidade de aprender com eles as técnicas e práticas que funcionam nesse ambiente, enquanto eles podem aprender conosco as melhores práticas e como aplicar os recursos de que dispomos.”