Após uma operação de interdição marítima nas águas do Pacífico sul, a Marinha da Colômbia interceptou uma lancha, no dia 25 de maio, com 274 pacotes de cocaína, prensados e marcados com vários logotipos. A apreensão foi realizada a 182 milhas do Porto de Tumaco.
“Graças a uma informação de inteligência naval colombiana, enviamos a corveta ARC Nariño e uma Unidade de Reação Rápida de Guarda-Costas para a Ilha de Malpelo, nas águas jurisdicionais da Colômbia”, explicou à Diálogo o Contra-Almirante da Marinha Nacional da Colômbia John Fabio Giraldo Gallo, comandante da Força Naval do Pacífico. “Simultaneamente, essa informação foi compartilhada em tempo real com a Força-Tarefa Conjunta Interagencial Sul (JIATF Sul) dos Estados Unidos, que destacou uma aeronave de vigilância que complementou e facilitou os esforços das unidades colombianas.”
A Marinha informou que o alcaloide – avaliado em US$ 9 milhões –, as munições, os equipamentos de comunicação apreendidos e os três tripulantes foram postos à disposição das autoridades competentes.
Após a operação, a Força Naval do Pacífico ressaltou a importância das operações coordenadas entre a força pública colombiana e as forças similares da região. “É importante destacar a participação da JIATF Sul”, ressaltou o C Alte Giraldo. “O objetivo dessa Força-Tarefa Interagencial, que pertence ao Comando Sul dos EUA, é a realização de operações contra o tráfico ilícito, a fusão de informações de inteligência e a coordenação dos recursos para promover a segurança no continente americano na [guerra] contra o narcotráfico, sendo um dos principais aliados da Marinha da Colômbia na luta contra esse flagelo no mar.”
As operações no mar têm um fator diferencial: a coordenação do intercâmbio de informação em tempo real entre os homólogos das marinhas e/ou os serviços de guarda-costas dos países aliados permitem integrar os recursos disponíveis e obter uma resposta imediata a cada alerta enviado, garantiu a Marinha.
O C Alte Giraldo acrescentou que durante muitos anos o narcotráfico tirou proveito da falta de comunicação entre as forças armadas da região, devido às restrições impostas a cada país de não invadir a soberania do país vizinho. “Atualmente, a luta contra o narcotráfico no mar e os acordos permitiram que os países da nossa região participem de eventos relativos ao narcotráfico de forma coordenada (…). A perseguição a embarcações suspeitas agora é possível transferindo a jurisdição de um país para outro, e a rápida comunicação permite continuar monitorando o evento com os recursos disponíveis do país vizinho”, finalizou.