Militares e civis dos EUA da Força-Tarefa Conjunta Bravo (JTF-Bravo, em inglês), da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, em inglês), das Forças Armadas de Honduras, do Comitê Permanente de Contingências (COPECO) de Honduras e do Ministério de Infraestrutura e Serviços Públicos de Honduras realizaram um treinamento conjunto para aprimorar a prontidão da resposta a desastres, entre os dias 12 e 14 de julho.
No primeiro dia, foram abordadas lições aprendidas com as respostas aos furacões Eta e Iota em 2020, tanto do COPECO como da JTF-Bravo, além da parte acadêmica sobre comunicações durante as crises. Os dois dias seguintes do treinamento incluíram um cenário de resposta a desastres baseado no Furacão Mitch, um evento histórico ocorrido em 1998, que devastou Honduras e afetou imensamente a América Central, tal como os recentes furacões.
A JTF-Bravo enviou uma equipe incluindo engenheiros, pessoal de assuntos civis, relações públicas, aviação, comunicações, planejadores médicos e logística, para interagirem com os homólogos locais.
“Um dos nossos principais objetivos é garantir que sabemos quem são nossos parceiros quando estivermos respondendo a um desastre e o que poderemos fazer juntos. Esse é um evento de aprendizado, não um teste, e estamos aqui para fazer as perguntas corretas”, disse o Tenente-Coronel Achim Biller, do Exército dos EUA, diretor J9 da JTF-Bravo. “Esse deve ser um esforço duradouro, algo que faremos anualmente, e esperamos vê-lo liderado pelo COPECO e pelas Forças Armadas de Honduras no futuro. Nossos recursos são limitados, mas em parceria podemos salvar vidas e agilizar os esforços de recuperação.”
Representantes das organizações de primeiros socorros criaram relacionamentos durante os três dias de treinamento, pois foram divididos em grupos para discutir as medidas que cada organização deve adotar durante as diferentes etapas do desastre, desde os primeiros deslizamentos aos esforços de recuperação. As equipes também discutiram as plataformas digitais criadas depois dos eventos do ano passado, para facilitar o compartilhamento e a consolidação da informação.
“Esses tipos de plataformas são muito úteis no final, como vimos com Eta e Iota, quando se trata de coordenar uma resposta”, disse Yanci López, chefe de operações do COPECO. “Também estamos ansiosos por aprender sobre a [plataforma] que a [JTF-Bravo] vem utilizando. O objetivo final é encontrar um ponto comum que todas as agências possam utilizar durante uma resposta.”
Com o desenvolvimento do treinamento, os participantes tiveram que decidir quem e quais recursos seriam necessários, onde colocariam seus ativos, quais seriam as autoridades que liderariam a resposta e quando seria necessário solicitar assistência internacional. As equipes também enfatizaram a importância do fluxo de informação, melhorias nas comunicações e conscientização das capacidades de todas as agências com base em eventos passados; além disso, identificaram a necessidade de ter uma ligação da JTF-Bravo no COPECO, na eventualidade de um desastre, bem como de determinar a posição geográfica e compartilhar fotos em uma plataforma digital comum.
“Nosso objetivo é sempre ter a assistência certa para as pessoas certas, no momento certo”, disse o representante do Gabinete de Assistência Humanitária de Operações Civis-Militares da USAID. “Se passarmos essa informação a todas as agências, teremos mais capacidade de fazer isso acontecer. A comunicação contínua entre todas as partes é essencial.”
No final do treinamento, os participantes se conscientizaram do que cada organização pode aportar no evento de um desastre e desenvolveram relacionamentos que os tornarão mais preparados para enfrentar os desafios futuros, caso sejam solicitados a responder, juntos, em apoio ao povo hondurenho.
“Obrigado por nos dar essa oportunidade de vir aqui e compartilhar esse evento para criarmos relacionamentos com os senhores hoje. A América Central é uma região vulnerável a desastres naturais e nossos exercícios conjuntos e combinados preparam nossa equipe e nossos parceiros para dar respostas na vida real no futuro”, disse em suas considerações o Coronel Steven Gventer, do Exército dos EUA, comandante da JTF-Bravo. “Criar forças e confiança nos permite ter uma resposta mais rápida, e a parceria que compartilhamos aqui continuará por muitos anos.”