Cerca de 6,5 toneladas de drogas, entre cocaína e maconha, foram apreendidas em menos de uma semana no Equador em 11 operações realizadas entre os dias 5 e 9 de setembro de 2020, informou a Polícia Nacional em um comunicado.
No dia 9 de setembro, a Polícia Nacional confiscou 3,8 toneladas de maconha escondida em um caminhão que tentava sair da Colômbia através de uma passagem fronteiriça ao norte do Equador, tendo o Peru como destino final, informou a instituição. A maconha encontrada estava distribuída em mais de 3.000 pacotes ocultos em fundos duplos encontrados em todo o veículo.
Em um dos golpes mais importantes, durante uma operação coordenada entre as marinhas do Equador e da Colômbia, no dia 8 de setembro, foi apreendida 1,3 tonelada de cocaína em uma embarcação que navegava perto da cidade costeira de Santa Elena, informou a Marinha do Equador em um comunicado. A embarcação “pretendia transportar a droga para a América Central”, disse María Paula Romo, ministra de Governo do Equador, em sua conta no Twitter.
Durante a operação, unidades da Marinha do Equador tiveram que destruir o fundo duplo da embarcação para retirar a cocaína escondida entre víveres e água engarrafada, informou o jornal equatoriano El Universo. De acordo com o que declarou ao jornal o Capitão de Mar e Guerra do Porto de Salinas Magno Bermeo, a cocaína seria lançada em alto mar para ser recolhida por outra embarcação.
Em outra operação, realizada em 5 de setembro, o Grupo Especial Móvel Antinarcóticos e a Unidade Nacional Canina da Polícia Nacional executaram uma operação em conjunto na província de Imbabura, onde capturaram um narcotraficante que levava 298 quilos de cocaína em um caminhão que transportava legumes embalados em sacos.
Doze indivíduos de diversas nacionalidades foram detidos durante essas operações, explicou a Polícia Nacional.
Segundo a InSight Crime, uma organização que se dedica a analisar as ameaças à segurança na América Latina, mais de um terço da cocaína produzida na Colômbia vai para o Equador. “A droga sai dos portos, do litoral e dos aeroportos do país, e dali é enviada a diversas partes do mundo, como os Estados Unidos, a Europa e até mesmo a Ásia e a Oceania”, declarou a organização.
A localização geográfica e outras características do Equador “oferecem incentivos ao crime organizado transnacional, que se aproveita do país como ponto de transbordo de entorpecentes, refúgio logístico, descanso e reorganização do narcotráfico”, acrescentou a InSight Crime.