O Exercício Estrella Austral 2022 forneceu às Forças Armadas do Chile uma plataforma para mostrar suas capacidades, ao lado das forças de coalizão, de 15 a 25 de agosto. O Estrella Austral é um exercício conjunto de operações especiais que é projetado para desenvolver habilidades de colaboração e construir a interoperabilidade para operações de contraterrorismo.
Mais de 1.000 soldados internacionais se reuniram para participar da 7ª iteração do exercício Estrella Austral, que tem proporcionado muitas oportunidades em todos os níveis para incluir operações de forças especiais, bem como a integração de ramos logísticos.
O exercício deste ano teve três nações participantes e três nações observadoras. O Chile foi o anfitrião do evento, enquanto os Estados Unidos e a Espanha forneceram recursos de apoio aos participantes. Brasil, Equador e Colômbia participaram como observadores.
Os elementos de apoio do Comando de Operações Especiais Sul (SOCSOUTH) dos EUA e a Equipe Militar de Queda Livre do 7º Grupo de Forças Especiais estavam entre o pessoal diretamente envolvido com os eventos de treinamento. As equipes estabeleceram, organizaram e operaram um Quartel-General da Força Conjunta capaz de sustentar a coordenação através de múltiplos lugares de exercício. Os operadores das forças especiais também trabalharam em conjunto com as forças de coalizão, ao executarem missões de contraterrorismo e paraquedismo.
“Esta é uma oportunidade fenomenal e um desafio para nós para avançarmos em destacamentos a partir de múltiplas superfícies diferentes”, disse o Major Dan Sickles, do Exército dos EUA, líder do planejamento do exercício Estrella Austral 2022, do SOCSOUTH. “Temos Fuzileiros Navais, Táticas Especiais da Força Aérea, Forças Especiais do Exército de ODAs [Destacamentos Operacionais-A], que estão operando em diferentes lugares austeros, comandados e controlados a partir de um local central em uma força-tarefa conjunta de operações especiais.”
Os eventos executados incluíram reconhecimento de operações especiais, recuperação de pessoal, processo de planejamento conjunto, exercícios de resposta médica e capacidades de interoperabilidade. As nações trabalharam em conjunto para demonstrar a proficiência tática e profissional mantida tanto pela nação anfitriã quanto por suas forças parceiras participantes.
De acordo com os líderes das Forças Especiais participantes do Chile, o Estrella Austral proporciona um enriquecimento duradouro tanto para as capacidades das forças operacionais quanto para os laços entre as forças amigas. As equipes de operações especiais se concentraram em patrulhas a pé, treinamento técnico de ação direta, assim como procedimentos militares de queda livre.
Junto com demonstrações de interoperabilidade entre as nações participantes, o Exército do Chile demonstrou sua capacidade de utilizar seus recursos internos, para ser uma força autossuficiente e líder regional. Os meios de aviação forneceram aeronaves para os exercícios de paraquedismo e exercícios rápidos com cordas, juntamente com a mobilização de tropas. Esses recursos de aviação apoiaram diretamente as operações em terra através de múltiplas localizações, enquanto realizavam exercícios simultâneos.
“O Estrella Austral é um exercício de integração, não apenas em relação a operações especiais, mas também com o elemento do quartel-general, disse a Capitã Karina Kauzlarich, oficial de comunicações do Exército do Chile. “Cinco mulheres soldados alistadas, dois oficiais e três graduados operaram as comunicações e o apoio logístico, ao lado de nossos homólogos masculinos. Integramos completamente nossas áreas, o que, por sua vez, desenvolveu ainda mais nossas capacidades operacionais.”
A integração das mulheres nos elementos de apoio operacional tem sido um componente adjacente que o Estrella Austral 2022 tem facilitado. A integração apoia a política de Mulheres, Paz e Segurança, que promove a perspectiva de gênero, e a participação igualitária e significativa das mulheres nos processos de paz, construção da paz e segurança. O Exercício Estrella Austral 2022 criou um cenário multidimensional para mostrar e melhorar as capacidades de todos os ativos participantes, como nações e como indivíduos.