O Ministério da Defesa (MD) do Brasil comemorou o resultado da primeira edição do Exercício Conjunto Meridiano, encerrada no dia 14 de novembro de 2021 com a terceira fase do exercício, denominada Meridiano-Ibagé, sob a responsabilidade do Exército Brasileiro. O objetivo da operação foi avaliar e manter a operacionalidade conjunta das tropas, além de ampliar a capacidade de pronto-emprego das Forças Armadas.
O Exercício Conjunto Meridiano, maior treinamento conjunto das Forças Armadas brasileiras realizado no Brasil, aconteceu ao longo do ano de 2021, em três regiões do país: norte, sudeste e sul, e foi dividido em três fases: a primeira, denominada Meridiano-Poti, aconteceu no Pará e foi conduzida pela Força Aérea Brasileira (FAB); a segunda fase, Meridiano-Dragão, pela Marinha do Brasil e sediada nos litorais do Rio de janeiro e do Espírito Santo; a última fase, Meridiano-Ibagé, mobilizou na região sul cerca de 5.000 militares, 1.000 viaturas, aviões e helicópteros que realizaram mais de 230 ações em uma área do Comando Militar do Sul com cerca de 30.000 km2.
Segundo informações do MD, com a Operação Meridiano-Ibagé foi possível desenvolver a sinergia entre as Forças Armadas nos diversos níveis de comando. Durante a atividade, foram realizadas simulações de tiros de artilharia; ataque aéreo com caças; emprego do blindado Guarani para transposição de curso d’água; descontaminação nuclear, biológica, química e radiológica; lançamento de foguetes do Programa Astros 2020; defesa antiaérea; e destruição de antena pela tropa de Comandos e Forças Especiais.
“O Meridiano testou a eficiência de estados-maiores, bem como verificou a capacidade dos comandos de manterem um nível adequado de consciência situacional”, disse o MD. Durante as ações realizadas, os militares abordaram áreas funcionais de pessoal, manobra, inteligência, logística, mobilidade e contra-mobilidade, comunicação social, assuntos civis e fogos.
O ministro da Defesa, General de Exército Walter Souza Braga Netto, visitou o cenário do exercício no dia 10 de novembro e ressaltou a importância da atividade para a capacitação operacional das Forças Armadas. “O Meridiano possibilitou aos militares das Forças Armadas conhecer as capacidades técnicas uns dos outros e integrarem tropas ao cenário de alta tecnologia”, destacou ao site do MD. “Normalmente, cada força faz os treinamentos de forma isolada, mas, em qualquer tipo de conflito, calamidade, ou necessidade de emprego dos militares, trabalhamos em conjunto”, salientou o ministro da Defesa.
Simulação
O Exercício Conjunto Meridiano-Ibagé simulou um conflito com duas divisões de Exército atuando em lados contrários. Na atividade, cada uma das divisões foi integrada por militares das três forças. Segundo informações do Comando Militar do Sul, a atividade possibilitou a atuação das forças conjuntas e singulares, como ataque ar-solo de aeronaves da FAB, assalto aeroterrestre e aeromóvel pela Aviação do Exército e operações especiais e de informação, tudo em um mesmo contexto tático.