As Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, do Pacífico e da Força de Autodefesa Terrestre do Japão organizaram em conjunto o evento anual do Simpósio de Líderes Anfíbios do Pacífico (PALS) 2022, em Tóquio, Japão, de 13 a 16 de junho.
Pela primeira vez desde 2019, esse evento foi realizado presencialmente e reuniu líderes seniores de 18 delegações participantes de todo o Indo-Pacífico, América Central, América do Sul e Europa. O PALS-22 marcou a oitava edição do evento, estabelecido em 2015, que reúne os líderes seniores com o objetivo de manter e desenvolver relacionamentos e ter um diálogo significativo sobre aspectos-chave das operações marítimas e anfíbias. O tema deste ano foi “A contribuição das forças anfíbias no apoio à paz e estabilidade no Indo-Pacífico”.
O Vice-Almirante Pablo Niemann Figari, da Marinha do Chile, diretor geral de Logística, representou o Chile nesse encontro anual das forças anfíbias regionais e serviu como um dos quatro palestrantes da discussão “Logística Contestável”. Durante este painel, o V Alte Niemann forneceu um contexto para a importância que o Pacífico desempenha na proteção da soberania e dos interesses nacionais do Chile, bem como uma visão dos desafios logísticos que o país, com um litoral de quase 6.500 quilômetros, enfrenta para manter linhas de comunicação marítimas seguras e abertas, das quais o país depende. Além disso, ele reconheceu a importância de lugares como o PALS, para reunir parceiros para discutir tópicos-chave e desenvolver relações duradouras.
“É de valor e interesse estratégico que marinhas como a nossa, que pensam da mesma forma, trabalhem de forma cooperativa para garantir a segurança e a estabilidade dos bens comuns globais”, disse o V Alte Niemann. “À medida que os acontecimentos mundiais se desenrolarem no futuro, e se formos chamados, essas relações, os entendimentos comuns e a confiança que construímos pagarão os dividendos e nos tornarão mais fortes e mais eficazes.”
O Chile, juntamente com Peru, Equador e Colômbia, tem interesses comuns e participações compartilhadas na segurança e estabilidade da região do Pacífico. Todos com litoral que faz fronteira com o Oceano Pacífico, eles têm habilidades e capacidades únicas que ajudam a proporcionar força regional a nossos parceiros no Indo-Pacífico. A Colômbia, por exemplo, é especialista em operações fluviais e pode fornecer treinamento, orientação e apoio valiosos aos países de todo o Pacífico em manobras litorâneas e defesa costeira.
O Chile especificamente tem uma força naval extremamente capaz e profissional, com a capacidade de projetar poder e conduzir atividades em toda a gama de operações militares. A Marinha e a Infantaria Naval do Chile participarão novamente do Exercício Rim do Pacífico (RIMPAC) 2022, para continuar a construir a interoperabilidade e apoiar a visão de paz e estabilidade no Indo-Pacífico.
Ao longo do simpósio, os participantes compartilharam idéias, melhores práticas e experiências recentes com relação a operações anfíbias. Eles colaboraram quanto aos interesses comuns e se engajaram em um diálogo significativo para promover a interoperabilidade anfíbia e a capacidade de resposta a crises.
“É significativo ter líderes navais como o Chile na sala e na mesa, representando o hemisfério ocidental e a realidade interconectada das ameaças marítimas através do Pacífico”, disse o Capitão de Fragata (FN) Fred Ingo III, oficial de operações entrante das Forças do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Sul. “Nenhuma nação pode superar sozinha a miríade de desafios no Indo-Pacífico, portanto, as forças anfíbias de todas as nações parceiras, tanto dentro como fora da região do Indo-Pacífico, devem ser interoperáveis e intercambiáveis.”