Entre 15 de fevereiro e 5 de março de 2021, forças militares e policiais do Brasil destruíram 41 portos clandestinos utilizados pelo crime organizado no Lago de Itaipu, no estado do Paraná.
As ações ocorreram durante a Operação Importunus 2, realizada por soldados da 15ª Companhia de Infantaria Motorizada – Sentinela da Fronteira – do Exército Brasileiro (EB), em conjunto com agentes da Polícia Federal (PF) e do Batalhão de Polícia de Fronteira da Polícia Militar do Paraná.

Situados na fronteira com o Paraguai, os portos clandestinos “eram utilizados pelo crime organizado como locais de passagem de drogas, armas, munições e produtos ilícitos diversos”, informou o EB em um comunicado.
Os soldados atuaram em um perímetro de cerca de 100 quilômetros de fronteira entre os municípios de Santa Helena e Lindeiros de Guaíra, no Paraná.
“O trabalho contemplou o levantamento georreferenciado e a destruição de áreas utilizadas por criminosos na promoção de tráfico de drogas e armas, bem como contrabando e descaminho”, disse a PF em um comunicado.
O Lago de Itaipu foi formado artificialmente em 1982 para ser o reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A partir dos anos 1990, tornou-se uma das principais rotas usadas por narcotraficantes e contrabandistas para ingressar seus produtos no mercado brasileiro.
O lago também é utilizado para a fuga de criminosos que tentam cruzar a fronteira ilegalmente.
A Marinha Brasileira patrulha o lago com a lancha blindada Raptor 888 Poraquê, prestando apoio às forças policiais. Já o EB participa da Operação Importunus, cuja primeira etapa ocorreu em novembro de 2020.
Essas atuações integram o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas, uma iniciativa interagências de combate à criminalidade.
“Considerando que esses portos clandestinos são feitos na mata ciliar do Lago de Itaipu, em área de proteção ambiental, os proprietários das áreas [utilizadas por criminosos] foram mapeados e identificados”, informou a PF em um comunicado.
“Medidas afins à legislação ambiental poderão ser tomadas contra aqueles que permitirem a ocorrência de crimes em sua propriedade”, afirmou a PF.