Os registros do ICE mostram que El Aissami é procurado por narcotráfico. A agência lembra que ele foi apontado como um “narcotraficante especialmente designado”, sob a lei conhecida como Ato Kingpin, em fevereiro de 2017.
O governo dos EUA alega que ele facilitou o envio de entorpecentes, “incluindo o controle de aviões que saíram de uma base aérea venezuelana e das rotas de drogas através dos portos da Venezuela”.
El Aissami também foi ministro do Interior e Justiça e governador do estado de Aragua, no centro-norte do país, e sua ficha garante que em suas funções prévias ele “supervisionou ou possuiu parcialmente cargas de narcóticos da Venezuela de mais de 1.000 quilos, em diversas ocasiões.”
El Aissami também foi acusado no início de 2019, em uma corte federal de Nova York, de violar as sanções impostas pelo Departamento do Tesouro. Ele também sofreu sanções do Canadá e da União Europeia.
Em um vídeo publicado no Twitter, El Aissami considerou a medida das autoridades dos EUA uma “agressão infame” e um “ato desprezível do imperialismo”, e disse que os chavistas são “imbatíveis” e “leais” ao presidente Nicolás Maduro. “Somos os filhos de Bolívar e Chávez! Eles não podem com nossa força moral! Sempre leais! Nós venceremos!”
Na lista, além de El Aissami, figura outro venezuelano, Samark López, apontado como “facilitador financeiro”. López também foi sancionado em fevereiro de 2017 sob o Ato Kingpin.
Sua ficha explica que López prestou assistência material e apoio financeiro às atividades do narcotráfico ou atuou em nome de El Aissami.
A agência Associated Press publicou uma declaração de López, onde ele garante ser inocente e qualificou como “falsa” a acusação feita contra ele pelo Departamento do Tesouro.
“Samark López acredita e confia no sistema de justiça dos Estados Unidos e esgotará todos os recursos legais disponíveis para limpar seu nome e voltar às suas atividades empresariais com absoluta normalidade”, escreveu.