O Brasil foi o país onde teve início o evento náutico Velas Latinoamérica 2022, no dia 13 de fevereiro, que a cada quatro anos reúne grandes veleiros de marinhas amigas em circunavegação pelas Américas do Sul e Central. A realização do evento, cujo objetivo é fortalecer os laços de amizade entre as instituições e as futuras gerações de oficiais e tripulações, além de divulgar a cultura de cada um dos países participantes durante a estadia nos portos de escala, foi ratificada pelos comandantesdas marinhas do continente na ConferênciaNaval Interamericana de 2012. Além do aprendizado naval, outras atividades estão previstas para os cadetes eguardas-marinhas, como a limpeza de praias.
“É uma oportunidade que as marinhas da América Latina criaram para promoveruma integração e um intercâmbio profissional, técnico, cultural e social, provendo aos futuros oficiais das marinhas a capacitação da operação integrada e do fortalecimento dos laços de amizade”,afirmou o Capitão de Mar e Guerra (RM1)Claudio da Costa Reis de Souza Freitas, da Marinha do Brasil, porta-voz do Comitê Executivo Velas Latinoamérica 2022.
Sete veleiros
Em sua quarta edição, o evento conta com a participação de sete navios: os veleiros Cisne Branco, da Marinha do Brasil, e Libertad, da Marinha da Argentina; os navios-veleiros Dr. Bernardo Houssay, da Marinha da Argentina, Guayas, da Marinhado Equador, e Unión, da Marinha de Guerra do Peru; o navio-patrulha 20 de Julio, da Marinha da Colômbia; e o veleiro-escola Capitán Miranda, da Marinha do Uruguai.
O extenso roteiro de mais de 12.000 milhas náuticas se iniciou na cidade do Rio de Janeiro e segue para o sul do continente, passando pelos portos de Punta del Este e Montevidéu, no Uruguai, e Mar del Plata, na Argentina. Depois, as embarcações cruzarão o Estreito de Magalhães e chegarão a Punta Arenas, no Chile.
Já no Oceano Pacífico, os veleiros visitarão os portos de Valparaíso, no Chile, Callao, no Peru, Guayaquil, no Equador, e Balboa, no Panamá, de onde cruzarão para o Caribe, visitando a Colômbia, a República Dominicana, Curaçao e encerrando a viagem no final de junho, no porto de Vera Cruz, no México.
Para o Brasil, ser o porto de largada desse ano tem um significado especial. O evento faz parte de uma série programada de comemorações dos 200 anos da Declaração de Independência. “Estamos honrando os marinheiros que, em 1822, contribuíram para manter a integridade do nosso território e foram determinantes na formação do nosso país. Então, hoje, a Marinha do Brasil celebra a união de nosso território, feita por nobres marinheiros do passado, sendo motivo de grande orgulho”, concluiu o CMG Souza Freitas.