Os funcionários Gustavo Adolfo Vizcaíno Gil e Juan Carlos Dugarte Padrón, ambos parte do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, foram sancionados no dia 9 de dezembro de 2019 pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por supostos atos de corrupção.
Um comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA indicou que em abril de 2016 Dugarte foi nomeado diretor-geral do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros (SAIME) do governo da Venezuela e acrescentou que durante a sua gestão ele recebeu subornos e se envolveu publicamente em negócios corruptos que incluíam a venda de passaportes.
O texto acrescenta que posteriormente, em junho de 2018, Vizcaíno foi nomeado novo diretor-geral do SAIME, em substituição a Dugarte, e desde o outono de 2018 os funcionários do SAIME e Vizcaíno estavam envolvidos em corrupção, cobrando dos solicitantes de passaportes milhares de dólares pelo documento e transferindo esses fundos para contas bancárias pessoais no exterior.
De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, sob a liderança de Vizcaíno, o SAIME vendeu passaportes a cidadãos não venezuelanos por milhares de dólares, e os funcionários dessa entidade eram membros de grupos armados ilegítimos e conhecidos como “coletivos”, que respondem a Maduro.
“Como consequência da ação de hoje, todos os bens e interesses na propriedade das pessoas e entidades mencionadas anteriormente, bem como de qualquer outra entidade que seja sua propriedade, direta ou indiretamente, de 50 por cento ou mais, individualmente ou com outras pessoas designadas, que estejam nos Estados Unidos ou em posse ou controle de cidadãos dos EUA, estarão bloqueados e devem ser comunicados ao OFAC (Gabinete de Controle de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos)”, informa o comunicado.
O anúncio das sanções foi feito no âmbito das comemorações do Dia Internacional Contra a Corrupção, realizado a cada dia 9 de dezembro, por decreto das Nações Unidas.
Segundo o comunicado, “os Estados Unidos continuarão apoiando o povo da Venezuela, o presidente interino Juan Guaidó e a Assembleia Nacional”.