O Escritório para assuntos Antinarcóticos, Segurança Cidadã e Justiça (INL) e o Escritório do Representante da Defesa da Embaixada dos EUA doaram US$ 1,8 milhão em equipamentos e ferramentas para robustecer o Serviço Nacional de Guarda Costeira da Costa Rica (SNGCR) e seus esforços para combater a ameaça do tráfico de drogas, de acordo com a sede consular dos EUA no país.
“Equipamentos de última geração como barcos interceptores, comunicações seguras e equipamentos individuais proporcionam segurança e motivação para o pessoal em missões de alto risco”, disse o Comissário Martín Arias, vice-ministro de Segurança Pública e diretor do SNGCR, à Diálogo, em 11 de outubro. “Inteligência atualizada e imediata é vital para o controle do tráfico marítimo e aéreo de drogas. No caso de atividades marítimas, [a assistência] dos Estados Unidos é vital.”
A doação, entregue em 14 de setembro, inclui três veículos de coleta, dois veículos utilitários 4×4, três contêineres de carga de ferramentas e equipamentos para a manutenção de barcos de patrulha e lanchas, informou a embaixada dos EUA em um comunicado. O pacote inclui o reaparelhamento do barco patrulha Juan Rafael Mora, que agora conta com um bote inflável de casco rígido de seis metros de comprimento e equipamento pessoal de segurança e proteção para a unidade de interdição marítima.
“O governo dos EUA trabalha incansavelmente com a Costa Rica e países da região para realizar missões complexas para aumentar nossa segurança regional”, disse durante a entrega dos equipamentos o Contra-Almirante Mark Fedor, da Guarda Costeira dos EUA e diretor da Força-Tarefa Conjunta Interagencial Sul (JIATF Sul). “O combate à ameaça regional do tráfico de drogas requer uma resposta multinacional coordenada de parceiros, aliados e amigos. Nenhum país tem recursos, informações, capacidade, bens ou pessoas suficientes para lidar sozinho com estas ameaças.”
“Esta doação do governo dos EUA está muito claramente relacionada à mensagem inicial [da Costa Rica] de garantir a segurança do território do país, para a qual a cooperação internacional é fundamental”, disse à Diálogo Eric Villalba, criminologista e experto em temas de segurança da Costa Rica. “Nesse contexto, acredito que existem três aliados-chave: os Estados Unidos, a Colômbia e o Panamá.”
Resultados compartilhados
Como exemplo desta resposta coordenada entre os países parceiros, graças ao Acordo de Patrulhamento Conjunto entre os EUA e a Costa Rica, em vigor desde 1999, em 22 de setembro, 640 quilos de cocaína foram apreendidos em um barco que tinha um sistema de ocultação de drogas que utilizava uma porta hidráulica.
“Por nosso lado, o treinamento contínuo e profissional mantém graus de habilidade que são fundamentais para interdições eficazes e a captura de carregamentos e traficantes de drogas”, enfatizou o Comissário Arias. “Além disso, permite penas mais severas para os infratores.”
Outro resultado da cooperação entre as duas nações foi a apreensão de um barco com 2 toneladas de cocaína ao largo da costa da província de Limón, anunciou o Ministério de Segurança Pública da Costa Rica, em 13 de setembro, graças ao apoio logístico fornecido pelas aeronaves e embarcações americanas.
Em 13 de setembro, a Almirante de Esquadra Linda Fagan, comandante da Guarda Costeira dos EUA, se reuniu com o presidente Rodrigo Chaves, da Costa Rica, e seus líderes das forças de segurança para discutir estratégias de combate ao crime organizado ao longo da costa, segundo declarou a presidência costarriquenha.
“Esta aproximação com o governo costarriquenho, sendo um país que de maneira positiva conseguiu realizar uma grande tarefa, que é manter a luta contra o tráfico de drogas, a partir da minha posição de comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, partilho a sincronização de esforços em benefício do país”, disse a Alte Esq Fagan.
Somente em agosto de 2022, o país apreendeu 2836 kg de cocaína, de acordo com o Boletim Estatístico da Unidade Nacional de Informações e Estatísticas sobre Drogas do Instituto Costarriquenho sobre Drogas.