O governo dos Estados Unidos destinou mais de US$ 656 milhões desde 2017 para a assistência humanitária aos venezuelanos, segundo relatório divulgado no dia 4 de fevereiro de 2020 pelo Departamento de Estado.
A cifra representa um aumento significativo dos recursos norte-americanos doados para esse fim nos últimos anos.
O texto indicou que “quase US$ 473 milhões (do valor total) representam assistência humanitária para os cerca de 4,8 milhões de venezuelanos que foram obrigados a fugir de seu país e para aqueles que enfrentam necessidades humanitárias urgentes dentro da Venezuela”.
O governo do presidente Donald Trump tem sido essencial para detectar a situação e adotar medidas de pressão contra o governo em disputa de Nicolás Maduro. Ao mesmo tempo, tem apoiado o presidente interino Juan Guaidó, que foi recebido no dia 5 de fevereiro pelo presidente Trump na Casa Branca.
O apoio dos EUA incluiu o Gabinete de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado, que entregou “mais de US$ 208 milhões desse valor total para proporcionar alimentos e abrigo aos venezuelanos, além de possibilitar que eles se registrem para serviços e integrem-se nos países que os acolhem”.
O governo dos EUA disse que sua cooperação também está destinada a financiar o trabalho realizado pelas organizações internacionais e não governamentais, bem como colaborar com os países que recebem os migrantes venezuelanos, como Brasil, Colômbia, Equador, Peru e várias nações insulares do Caribe.
“Prestamos essa assistência com o objetivo de promover a estabilidade regional e ajudar os venezuelanos a aplacar suas necessidades em áreas próximas aos seus lugares de origem, para que, quando as mudanças ocorrerem na Venezuela, eles possam regressar livre e voluntariamente”, disse o relatório do Departamento de Estado.
As autoridades dos EUA informaram que a assistência se baseia em quatro aspectos, que incluem o fornecimento de abrigo, alimentos e insumos necessários, status legal, asilo, meios para que eles se integrem e empregos.
O relatório do Departamento de Estado reconhece também o trabalho realizado junto à Organização Internacional para Migrações (OIM), à Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento e ao Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
“Com nossa ajuda, a OIM conseguiu abrigar mais de 53.000 venezuelanos na região entre abril de 2018 e setembro de 2019”, segundo o documento. O texto informou ainda que em setembro de 2019 a OIM ajudou 2.657 venezuelanos com atividades que geram renda na Argentina, Chile, Colômbia, Guiana, México, Peru e República Dominicana. No Chile, 1.494 venezuelanos participaram de uma feira de empregos para a integração socioeconômica de refugiados e migrantes.